Luanda - O ministro das Relações Exteriores, Téte António, reafirmou esta quarta-feira, em Luanda, na cerimónia dos 23 anos da Comissão do Golfo da Guiné (CGG), o compromisso de Angola para com a organização e os seus princípios fundadores.
O chefe da diplomacia angolana realçou a importância para a segurança das zonas costeiras da África Central e Ocidental, sublinhando o facto de a região enfrentar ameaças significativas, que comprometem a estabilidade e o desenvolvimento económico dos Estados-membros.
Segundo o ministro, Angola, que alberga a sede da organização, tem-se empenhado em mantê-la actuante e vigorosa, proporcionando o suporte essencial para a garantia do funcionamento da mesma.
"Além disso, o Presidente da República, João Lourenço, e campeão da paz e reconciliação da União Africana, tem trabalhado incessantemente para promoção da paz, da segurança e da cooperação regional, valores que estão no cerne da nossa política externa", frisou.
O diplomata angolano falou das persistentes ameaças como a pirataria, o contrabando, a pesca ilegal e os desastres ambientais e outros, que exigem da organização uma abordagem integrada e colaborativa.
Em função disso, defendeu ser imperativo que se reforce a cooperação entre os Estados-membros e parceiros internacionais para enfrentar, eficazmente, tais ameaças e, deste modo, construir-se um futuro mais seguro para todos.
Destacou o trabalho em curso para a alteração do Tratado da organização, com o objectivo de aumentar o número de Estados-membros de nove para 19, ressaltando que o esforço reflecte o crescente interesse dos novos pedidos de adesão.
Este ano, a CGG comemora 23 anos de existência, com o lema "A revitalização da Comissão do Golfo da Guiné".
A Comissão do Golfo da Guiné, nasceu do tratado assinado em Libreville, no dia 03 de Julho de 2001, por Angola, Congo, Gabão, Nigéria e São Tomé e Príncipe.
Constituiu-se numa ferramenta institucional permanente de cooperação destes Estados ribeirinhos do Golfo da Guiné com vista a defesa de seus interesses comuns e a promoção da paz e do desenvolvimento sócio-económico assente no diálogo e concertação, baseados nos laços de amizade, solidariedade e fraternidade que os unem. FMA/VIC