Luanda - O ministro das Relações Exteriores, Téte António, convidou esta quinta-feira, em Kampala (Uganda), o Governo e os empresários indianos a participarem no processo da diversificação da economia angolano, destacando as oportunidades de negócios existentes no país.
O chefe da diplomacia angolana, que falava durante um encontro com o seu homólogo indiano, Subrahmanyan Jaishankar, apontou os Planos Nacionais de Desenvolvimento, com realce para o Planagrão, Planapesca e Planapecuário, planos de desenvolvimento de Angola para as áreas da agricultura, pescas e agropecuária, respectivamente, como áreas abertas ao investimento externo.
Durante o encontro de cerca de uma hora, os diplomatas que se encontram na capital ugandesa para participar na XIX Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo do Movimento dos Não-Alinhados (NAM), que começa esta sexta-feira, avaliaram o estado da cooperação bilateral, nos mais variados domínios da vida político-diplomática, económica e comercial entre Angola e a Índia.
Para o ministro Subrahmanyam Jaishankar, a Índia quer ver reforçada a sua cooperação com Angola, sobretudo nos domínios da indústria farmacêutica, turismo, segurança alimentar, saúde, petróleo e gás, educação, saneamento básico e tecnologia digital.
Explicou também que o seu Governo sente-se lisonjeado pelo facto de Angola, na voz do Presidente João Lourenço, ter considerado este país asiático como “importante parceiro estratégico”.
Por último, referiu-se às eleições no Conselho de Segurança das Nações Unidas, para o período 2028-2029, onde a Índia aspira a um lugar como membro Não-Permanente.
A Índia estabeleceu relações diplomáticas com Angola em 1985 e, desde então, mantém uma cooperação considerada de extremamente cordial.
Recentemente, os dois países assinaram o Acordo sobre a Isenção de Visto para titulares de passaportes diplomático, oficial e de serviço, Memorando de Entendimento entre o Ministério da Saúde de Angola e o Ministério da Saúde e Bem-Estar da Família do Governo indiano, além do Memorando de Entendimento entre a Academia Diplomática Venâncio de Moura do Ministério das Relações Exteriores e o Instituto de Serviço Exterior Sushma Swara do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Índia.
A população da Índia cresceu de 361 milhões em 1951 para quase 1,4 mil milhões em 2022. Durante o mesmo período, o seu rendimento nominal per capita aumentou de 64 dólares anuais para 2.601 dólares e a sua taxa de alfabetização de 16,6% para 74 por cento.
De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), a economia indiana em 2022 valia nominalmente 3,46 biliões de dólares, foi a quinta maior economia em termos de taxas de câmbio de mercado e é, cerca de 11,6 mil milhões de dólares,a terceira maior em termos de Paridade de Poder de Compra (PPC).
Com a sua taxa média anual de crescimento do PIB de 5,8% nas últimas duas décadas, e atingindo 6,1%durante 2011–2012, a Índia é uma das economias de crescimento mais rápido do mundo.
Os principais produtos agrícolas incluem arroz, trigo, sementes oleaginosas, algodão, juta, chá, cana-de-açúcar e batata.As principais indústrias incluem têxteis, telecomunicações, produtos químicos, produtos farmacêuticos, biotecnologia, processamento de alimentos, aço, equipamentos de transporte, cimento, mineração, petróleo, máquinas e software. FMA/VIC