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Tchitundu Hulu, entre mistérios e encantos

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  • Luanda • Terça, 21 Janeiro de 2025 | 15h00
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Gruta de Tchitundu Hulu no município do Virei na província do Namibe
Gruta de Tchitundu Hulu no município do Virei na província do Namibe
Rosário dos Santos - Angop
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Namibe: Gruta Tchilundu-Hulu no município do Virei
Namibe: Gruta Tchilundu-Hulu no município do Virei
Rosário dos Santos

Virei - As gravuras rupestres do Morro Sagrado dos Mucuisses, um dos mais belos conjuntos rupestres da pré-historia de Angola, o “Tchitundo-Hulo”, encanta qualquer um que por ele passar para uma visita turística ou estudos académicos/científicos, pela sua origem e beleza arquitectónica.

Por Anabela Fritz e Marcela Ganga, jornalistas da ANGOP

Localizada na província do Namibe, a Estacão do Tchitundu Hulu faz parte, entre outros bens, da lista indicativa de Angola na UNESCO para a sua elevação a património mundial.

As pinturas rupestres de Tchitundu Hulu são impressão digital dos povos que habitaram estas terras muito antes da chegada dos bantus.

Situado em Capolopopo, cerca de 137 quilómetros a leste da cidade de Moçâmedes, sede da província do Namibe, no local encontram-se inscrições no grande morro granítico, uma pedra de granito coberta de gravuras que deixam qualquer visitante com dúvida sobre a sua representação e idade.

A quantidade impressionante de gravuras data de épocas remotas, mais de quatro (4) mil anos, e fazem dela é um dos tesouros culturais mais valiosos do país.

Historiadores, estudantes e turistas, na maioria namibianos, sul-africanos, portugueses, cubanos, ingleses e australianos, que já passaram pelo “espectacular” local apresentam como questionamento a idade dos desenhos ou gravuras, cuja resposta exacta até ao momento se desconhece.

De acordo com o namibiano Nassoma Krelli, em declarações à ANGOP, o local  é “bastante espectacular", com gravuras esculpidas numa enorme rocha que inspiram a curiosidade sobre as mensagens que os antepassados queriam transmitir.

“Uma obra única que me encantou e, como namibiano, gostaria que os nossos estudantes pudessem visitar o local para pesquisas científicas, referiu.

Já o sul-africano John Massolli disse que sempre que faz turismo no deserto do Namíbe procura visitar a estação. “É uma obra que qualquer um questiona o pensamento dos ancestrais, agora cabe aos povos nativos preservar, pois aqui faz-se turismo de verdade”, sublinhou.       

Por sua vez, o angolano e historiador João Século explicou que o Tchitundulu Hulu apresenta, no seu interior, pinturas rupestres que se afiguram mais recentes, apesar do estilo ser parecido com o estilo das gravuras.

“Ao visitarmos o local, surge sempre perguntas como “quem teriam sido os primitivos das cavernas, os Mucuisses ou outros povos? Não temos explicação até ao momento”, ressaltou.

Disse que nenhuma outra estação de arte rupestre de Angola possui tão grande número de desenhos ou representações de pequenos animais como "os bem esquematizados no Tchitundulu- Hulu".

De acordo com vários académicos, a diversidade de traços e a maior ou menor visibilidade das gravuras são sinais que, desde os primeiros povos até aos tempos mais recentes, o morro do Tchitundo-Hulo nunca deixou de ser pintado.FA/MGM/SC





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