Huambo - O sociólogo português Luís Capucho defendeu, esta sexta-feira, no Huambo, um maior investimento nos sectores de produção alimentar, saúde e educação, enquanto factores determinantes para a saída da pobreza de qualquer país.
Luís Capucho, que falava numa palestra subordinada ao tema “ Como sair da pobreza”, enquadrada num projecto levado acabo pelos Serviços de Inteligência e Segurança Militar, declarou que o alcance deste desiderato exige, acima de tudo, que os Estados apostem, numa primeira fase, na saúde e produção alimentar, para garantia da sobrevivência das famílias.
O sociológico destacou como políticas de combate à pobreza, a necessidade da criação de acções capazes de impulsionar o sector económico, através da economia circular e desenvolvimento local, visando o aumento da oferta de emprego.
“Muitas vezes as Nações constroem as suas economias a base de produtos que, apesar de terem um grande valor na exportação, produzem poucos empregos para os Estados”, referiu Luís Capucho.
Perante uma plateia constituída por governantes, políticos, académicos e membros da sociedade civil, o sociólogo português encorajou o Governo angolano a continuar com as estratégias de diversificação da económica nacional, voltadas para o fomento da agricultura, pecuária e indústria, na perspectiva de acelerar as acções de combate à pobreza.
Nesta perspectiva, disse ser importante que o governo e a sociedade civil trabalhem em conjunto na implementação de políticas concretas que permitam um maior acesso à informação e iniciativas de combate à pobreza, visando o bem-estar das comunidades.
Disse ser fundamental a aposta na formação técnico-profissional e académica, desde a primeira infância, para que se aproveite melhor os recursos naturais disponíveis, em prol do desenvolvimento socioeconómico.
Ao intervir no evento, o vice-governador do Huambo para os serviços Técnicos e Infra-estruturas, Helmano Inácio Francisco, disse que a palestra ajudará o governo local a melhorar as estratégias de implementação e execução dos programas de combate a pobreza.
Já o coordenador do evento, Francisco Ramos da Crus, informou que a actividade serviu para partilhar conhecimentos e incentivar as acções de combate à pobreza no país.
O responsável fez saber que acções do género deverão ser realizadas em outras províncias do país, com vista a impedir a reprodução da pobreza.