Bengo - O Presidente da República, João Lourenço, inaugurou, esta segunda-feira, a primeira fase da Centralidade Teresa Afonso Gomes, localizada na cidade de Caxito, província do Bengo.
Nesta fase inicial foram construídos 80 edifícios, dos quais 72 abrigam lojas e 486 habitações, sendo oito delas moradias térreas, bem como postos de saúde, de polícia e uma escola primária de 24 salas.
Prevê-se na segunda e última fase a construção de mais 78 edifícios de diferentes tipologias, perfazendo assim o total de mil habitações, nomeadamente 946 apartamentos, 30 moradias térreas e 72 lojas.
As primeiras 486 unidades habitacionais, das mil previstas, vão beneficiar, maioritariamente, os funcionários públicos, estando prevista uma quota destinada para juventude.
O projecto habitacional é o segundo na província do Bengo, depois da Centralidade do Capari, a primeira a entrar em funcionamento, com 4000 unidades habitacionais.
A centralidade, que passa a chamar-se "Teresa Afonso Gomes”, em homenagem a heroína que participou no processo de luta de libertação nacional, tem um total de mil habitações, das quais 946 apartamentos, 30 moradias e 72 lojas. Compreende edifícios da tipologia T3, de quatro pisos.
A centralidade contempla ainda várias estruturas sociais como escolas primária e secundária, posto de saúde, esquadra policial, campo multiuso, jardim de infância e campo de futebol 11.
Autorizada pelo Presidente da República, por meio do Despacho nº 54/21, de 29 de Abril, a Centralidade ficou orçada em 182,9 milhões de dólares norte-americanos, acrescidos de USD 4,5 milhões para o contrato de fiscalização.
Homenagem a Teresa Afonso Gomes
Teresa Afonso Gomes nasceu em Nabuangongo, em 1946, e faleceu em Março de 1967, na Base do Quincuzo (Congo Kinshasa), actual RDC.
Filha de camponeses, Teresa Gomes só completou a escolaridade primária e, desde cedo, apoiou os guerrilheiros que combateram na primeira região político-militar do MPLA.
Em 1965 frequentou um curso no Centro de Instrução Revolucionária (CIR), em Dolisie, e incorporou-se no "Esquadrão Kamy" (uma coluna guerrilheira formada por combatentes do Exército Popular de Libertação de Angola (EPLA).
Esse esquadrão ficou especialmente conhecido por integrar cinco mulheres guerrilheiras fundadoras da OMA, nomeadamente Deolinda Rodrigues, Engrácia dos Santos, Irene Cohen, Lucrécia Paim e Teresa Afonso Gomes (a homenageada).
As obras de construção da centralidade tiveram início em Fevereiro de 2022 e geraram aproximadamente mil e 350 novos empregos directos.DC/VIC/VM