Luanda - O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou, esta segunda-feira a Luanda, para uma visita de Estado de três dias, focada na consolidação da parceria estratégica.
O avião oficial "Air Force One", o mítico 747 azul e branco que transporta o Presidente norte-americano, aterrou às 17h55 no Aeroporto Internacional 04 de Fevereiro.
Joe Biden, que está em Angola a convite do seu homólogo João Lourenço, foi recebido no Complexo Presidencial do Aeroporto Internacional 04 de Fevereiro pelo ministro angolano das Relações Exteriores, Téte António.
Na ocasião, o Presidente norte-americano saúdou e interagiu demoramente com os funcionários e familiares da Embaixada dos EUA em Angola.
O comité de recepção integrou o encarregado de negócios e embaixador interino dos EUA em Angola, James Story, e pelo embaixador angolano nos EUA, Agostinho Van-Dúnem.
A visita do Presidente norte-americano reconhece o papel de Angola como líder regional e vai reafirmar a verdadeira transformação da relação entre ambos estados.
Os dois países trabalham conjuntamente para vencer desafios prementes e críticos, como a melhoria das infra-estruturas em África e o incremento das oportunidades económicas e do desenvolvimento sustentável no continente.
A expansão das tecnologias e da cooperação científica, o reforço da paz e a segurança e o fortalecimento da segurança alimentar são também outras prioridades definidas pelas partes na sua relação estratégica.
Com esta visita, terão a oportunidade de avaliar a eficácia dos acordos existentes e projectar novas áreas de investimento, envolvendo, sobretudo, o sector privado.
Durante os três dias de visita, o ponto mais alto será um encontro com o Chefe de Estado angolano, João Lourenço, na terça-feira, para abordar a estratégia futura das relações de cooperação bilaterais.
No mesmo dia, Biden visita o Museu da Escravatura, onde fará um discurso para destacar a força duradoura e a relevância das relações dos EUA com Angola e África, no geral, no enfrentamento de uma ampla gama de desafios globais.
Localizado no Morro da Cruz, na cidade de Luanda, o Museu Nacional da Escravatura é um importante património cultural de Angola que se dedica a preservação da memória colectiva referente aos 500 anos de escravatura a que os angolanos foram submetidos.
Inaugurado em 1997, este importante sistema de informação está recheado de artefactos de elevado valor histórico que preservam e relatam a longa história da escravatura no território angolano.
Quarta-feira, Joe Biden desloca-se à província de Benguela, onde vai tomar conhecimento da fábrica do Grupo Carrinho, bem como visita o Porto do Lobito, uma importante infra-estrutura do Corredor do Lobito.
Fundado a 24 de Março de 1928, o Porto é um dos maiores complexos portuários do país.
O porto é a testa do Caminho de Ferro de Benguela, que traz cargas desde a cidade de Tenque, na República Democrática do Congo.
A agenda do Presidente Joe Biden em Benguela inscreve ainda a participação no Fórum Empresarial Angola/EUA.
O Presidente norte-americano deixa o país na quarta-feira, a partir do aeroporto da Catumbela, na província de Benguela.
Relações Bilaterais
Angola e EUA são parceiros estratégicos, com relações político-diplomáticas e de cooperação que conhecem um assinalável incremento há 30 anos, propiciando a assinatura de vários instrumentos jurídicos nos domínios social, comercial e empresarial.
A aproximação aos norte-americanos tornou Angola no terceiro maior credor do EUA com uma dívida que cresceu em 223 porcento nos últimos sete anos.
A chegada de João Lourenço ao Governo, em 2017, levou a uma redefinição das prioridades do país em termos de relacionamento com as principais potências mundiais, com uma aproximação mais aberta aos Estados Unidos da América (EUA).
Por isso, a visita de Joe Biden constitui uma nova janela para a atracção de novos investidores americanos, que podem aproveitar a melhoria do ambiente de negócios em Angola para diversificar os seus investimentos.
Espera-se, com essa missão de Estado, que os dois países encontrem plataformas de entendimento ajustadas à realidade dos respectivos povos, capazes de proporcionar vantagens mútuas e diversificar a cooperação existente.
Actualmente, as relações de cooperação entre os dois países têm o seu quadro jurídico assente num Acordo Geral que opera nos mais variados domínios da vida económica e social do país, com forte presença nas áreas de infra-estrutura, comércio Industria, agricultura, saúde, comunicação social, transporte, segurança alimentar, entre outros. DC/ART