Ondjiva – Cento e 89 mil, 998 movimentos migratórios, de nacionais e estrangeiros, foram registados no decurso do primeiro trimestre do ano em curso, na fronteira entre a província do Cunene (Angola) e a República da Namíbia, pelo Serviço de Migração Estrangeiro (SME).
A informação foi avançada esta sexta-feira, à ANGOP, pelo chefe de Comunicação Institucional e Impressa do SME no Cunene, 3º subchefe de imigração Isomar Matias, realçando que comparativamente ao período anterior houve o aumento de 69 mil e 703 movimentos efectuados.
Isomar Matias disse que o movimento registou-se nos postos fronteiriços de Santa Clara, Calueque, Okalongo e Ruacaná, correspondendo à entrada e saída de 107 mil e 669 nacionais e 82 mil 319 estrangeiros, de diferentes nacionalidades entre turistas, expatriados e residentes.
Fez saber que no âmbito dos acordos de supressão de vistos, o órgão registou a entrada de 271 estrangeiros, assim como emitiu 42 vistos de turismo a favor de cidadãos de nacionalidades cubana, finlandesa, francesa, eslovaca, sueca, queniana, holandesa, chinesa, britânica, suíça, paquistanesa, norte-americana, egípcia, portuguesa, colombiana e brasileira, entre outras.
Os cidadãos provenientes da República da Namíbia tiveram como destino as províncias do Cunene, Huambo, Huíla, Benguela e Luanda, com objectivo de turismo, visitas familiares e prospecção de negócios.
No período em causa, salientou a recepção de 252 nacionais em situação migratória ilegal da localidade de Epalela região de Omusati, que após o cadastramento e cumprimento das formalidades migratórias, seguiram as áreas de origem.
O porta-voz realçou ainda o registo de 125 infracções ligadas à entrada, permanência ilegal, falta de renovação e de actualização, resultante de 509 actividades de fiscalização, que resultou na interpelação de 106 cidadãos estrangeiros.
Relativamente aos actos migratórios, foram emitidos 421 passaportes ordinários, sendo 220 emissões e 194 para reemissão, mil e 850 salvos-condutos e sete mil e 350 passes de travessia para a população residente próximo da fronteira.
Actualmente o SME controla no Cunene, 512 cidadãos sendo 357 com vistos de trabalho, 61 residentes, 66 com permanência temporária, 23 condenados e cinco detidos.
Estão ainda sobre o controlo 103 cidadãos requerentes de asilo e dois refugiados.
O responsável informou que o órgão se propõem a trabalhar no reforço de medidas para o combate à imigração ilegal, pelo que apelou o envolvimento dos residentes nas localidades transfronteiriças, no sentido de colaborar na denúncia de possíveis invasores.
A província do Cunene partilha 460 quilómetros, 340 terrestres e 120 fluviais de fronteira com a República da Namíbia.FI/LHE/VIC