Huambo – O Sindicato Nacional dos Técnicos de Justiça e de Administrativos da Procuradoria-geral da República (SINTAJAPGR) defendeu, este domingo, no Huambo, uma maior abertura e capacidade de diálogo da entidade empregadora na solução dos problemas do sector.
Segundo o porta-voz do SINTEJAPGR, João Neves, que falava no encerramento da I Assembléia-Geral Nacional deste órgão, realizado na cidade do Huambo, regista-se, ainda, um modelo de abertura e diálogo que não é favorável a um Estado democrático de direito, como é o caso de Angola.
Acrescentou que o Estado democrático de direito exige relações institucionais entre as entidades empregadoras e os sindicatos de forma permanente e cordial.
João Neves disse ser necessário olhar para o SINTEJAPGR como um parceiro ideal na discussão e busca de soluções para os problemas que ainda afligem a classe de trabalhadores e o sector, em geral.
O sindicalista apontou a não aprovação do estatuto remuneratório, a relatividade na atribuição de direitos, as irregularidades no pagamento de subsídios de piquetes e nas promoções de categorias como as principais preocupações constantes do caderno reivindicativo apresentado ao empregador.
Disse que o SINTEJAPGR, com representação nas 18 províncias do país, tem cadastrados dois mil 350 filiados, correspondendo a 95 por cento de trabalhadores do sector.
O evento, que analisou, como ponto único, a revisão dos estatutos, recomendou a alteração do sistema anterior de pagamento de quotas por UCF e a liquidação individual, para o desconto de 1 por cento do salário base dos funcionários, através da retenção da fonte.
A assembleia-geral, que contou com a participação de 17 das 18 províncias do país (o Namibe não participou), foi antecedida de um Colóquio Nacional (o primeiro da organização), realizado na sexta-feira.VKY/ALH