Gaborone (Do enviado especial) – O Secretariado da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) reafirmou, esta sexta-feira, o seu “apoio total” ao Processo de Luanda para a paz no leste da República Democrática do Congo (RDC).
O apoio foi expresso pelo secretário executivo da SADC, Elias Magosi, durante a visita que o Chefe de Estado angolano, João Lourenço, efectuou à sede do Secretariado, em Gaborone, capital do Botswana, na sua qualidade de Presidente em exercício do bloco regional.
Na ocasião, Magosi reconheceu e agradeceu o empenho de João Lourenço na liderança dos processos de paz na região, no quadro do exercício do seu mandato como Campeão da União Africana para a Paz e Reconciliação em África.
Segundo o secretário executivo da SADC, o Processo de Luanda, em particular, “continua a ser o farol de esperança” da região da SADC, para trazer uma paz duradoura e tangível ao leste da RDC, em especial, e à região, em geral.
“Pode contar com o apoio total e inequívoco do órgão e do Secretariado para trazer esta paz, que é um bem raro e evasivo naquela região”, garantiu Elias Magosi, quando se dirigia ao Presidente João Lourenço.
Segundo o alto funcionário regional, sem paz e segurança, a SADC não pode alcançar os seus objectivos comuns de desenvolvimento, tal como definido no Plano Estratégico Indicativo de Desenvolvimento Regional 2020-2030 e na sua Visão 2050.
A este propósito, recordou que, nos termos do Tratado da SADC, o Secretariado é o principal órgão executivo da organização, sendo responsável, entre outros, pelo planeamento estratégico, pela coordenação e gestão de programas e pela representação da organização.
Acrescentou que o Secretariado é também responsável pela implementação das decisões da SADC emanadas de todos os níveis das estruturas estatutárias.
Neste sentido, afirmou, o Secretariado continua a procurar soluções inovadoras para enfrentar os desafios de implementação das decisões da organização, incluindo agilizar a assinatura e ratificação dos instrumentos jurídicos da SADC.
Promover e aumentar o comércio intra-regional, conectando a região para enfrentar os desafios energéticos persistentes e de segurança alimentar e os impactos negativos das alterações climáticas fazem igualmente parte das missões do órgão, segundo o diplomata. IZ/ART