Sumbe - O director-geral da Agência Nacional de Acção Contra as Minas (ANAM), Leonardo Sapalo, reafirmou, esta terça-feira, no Sumbe, a aposta do Executivo na desminagem da província do Cuanza Sul, para garantir o desenvolvimento sócio-económico.
Leonardo Sapalo, que falava no final de um encontro com a vice-governadora para o sector político, económico e social do Cuanza Sul, Emília Tchinawalile, referiu que a ANAM e as ONG que operam na desminagem estão engajadas em eliminar as minas na província, de modo a permitir a livre circulação de pessoas e bens e o desenvolvimento da agricultura.
“O Cuanza Sul possui um potencial agrícola, por isso deve estar livres de minas. Estamos cientes de que atingir este objectivo não será tarefa fácil, mas com o empenho e dedicação de todos vamos ultrapassar”, frisou.
Neste sentido, exortou os operadores envolvidos no processo de desminagem no sentido de continuarem a trabalhar afincadamente e de forma sincronizada, para que a transparência dos resultados seja validada por todos.
Na ocasião, a vice-governadora sublinhou que o Governo local vai continuar a trabalhar com as ONG ligadas à desminagem para que a província possa estar livre de minas, contribuindo, assim, no aumento das áreas de cultivo, entre outros projectos.
“O Cuanza Sul possui uma extensa área para a prática da agricultura, razão pela qual as famílias e empresas agrícolas pretendem aumentar a produção. De igual modo, com a desminagem não teremos vítimas destes engenhos na província, permitindo a execução dos trabalhos das estradas Mussende/Malanje e Mussende/Bié”, acrescentou.
Angola tem registado, na sua base de dados, mil e 69 áreas minadas, correspondente a 66 milhões, 481 mil e 299 metros quadrados.
A conclusão do processo de desminagem no país, inicialmente indicada para 2025, foi estendida para 2028, devido a problemas de ordem financeira.
A província do Cuanza Sul é a quarta mais minada do país.IS/MCN