Huambo – O delegado dos Antigos e Veteranos da Pátria na província do Huambo, Joaquim David, apelou, esta sexta-feira, aos jovens a seguirem os bons exemplos e a trabalharem, incansavelmente, pelo progresso nacional e pela manutenção da paz.
O responsável falava no acto provincial antecipado do Dia da Libertação da África Austral, que se comemora a 23 do corrente mês, decorrido na Escola de Especialização de Tropas Blindados, no sector da Chipipa, periferia da cidade do Huambo, sob o lema “Angola 50 anos, preservar e valorizar as conquistas alcançadas, construindo um futuro melhor”.
Joaquim David enfatizou que a história rica de Angola impõe a necessidade da preservação das conquistas alcançadas, mantendo acesa a chama do patriotismo e da devoção de uma nação melhor a todos os cidadãos.
Disse ser fundamental que a nova geração garanta que os ideais da liberdade e da justiça continuem a guiar o rumo do Estado angolano e do continente africano, no geral.
Reiterou o compromisso do governo em trabalhar na promoção dos valores democráticos, desenvolvimento sustentável e na integração com diversos países que compõem a África Austral.
Sobre o 23 de Março, o responsável disse ser uma data que representa não apenas a superação de um passado marcado pelo colonialismo, mas, também, o compromisso inabalável com a justiça, a dignidade e a construção de um futuro próspero para os angolanos e para a África Austral.
Por isso, considerou fundamental, renovar a convicção de que a liberdade deve ser constantemente defendida e ampliada.
O acto foi marcado com uma palestra subordinada ao tema "Importância do 23 de Março, no contexto histórico nacional e internacional", de que foi orador o antigo soldado da Batalha do Cuito Cuanavale, à época pertencente a 8ª Brigada de Infantaria, Armando José Tchikanha.
Na ocasião, recordou que a tropa estava bem-disposta, sem pensar na retaguarda, pois todos estavam movidos de espírito patriótico, para eliminar os intentos dos inimigos.
Acrescentou que o sentimento é de satisfação, pois Angola precisava resistir, para impedir a progressão do regime do Apartheid e defender os interesses nacionais e de África Austral.
Salomão José Satamba, então chefe de manutenção técnica da companhia de reparação da 59ª Brigada de Infantaria Motorizada, disse que a Batalha do Cuito Cuanavale foi forte e intensa.
Presente no teatro operacional com apenas 21 anos, disse ser importante que a África Austral continue a recordar-se desta data.
Encorajou o Executivo a continuar a velar pelo bem-estar dos participantes desta luta heróica, garantindo seus direitos, para transmitirem, com maior orgulho, o seu legado à nova geração.
A data foi institucionalizado a 9 de Agosto de 2018, anuída pela Lei nº 11/18, de 28 de Setembro de 2018, que altera a Lei dos Feriados Nacionais e Locais e Datas de Celebração Nacional de Angola.
Visa enaltecer os combatentes, que, entre 15 de Novembro de 1987 e 23 de Março de 1988, de forma destemida, lutaram para o insucesso dos intentos do exército sul-africano e contra a expansão do regime do Apartheid na região Austral de África. ZZN//ALH