Luanda - A associação Remar solicitou, esta terça-feira, ajuda da Assembleia Nacional (AN) para lidar com o aumento de internamentos no centro de acolhimento e reabilitação para tóxico-dependentes de Luanda, que alberga cerca de 280 pessoas, na sua maioria crianças.
Em declarações à imprensa, no final de um encontro com o terceiro vice-presidente do Parlamento, Raul Lima, o director executivo da Remar, António Martins, disse que as crianças que chegam ao centro, por via da acção social e PN, são perdidas, maltratadas, acusadas de feitiçaria e violadas pelos próprios familiares.
Informou que o centro acompanha cem adultos tóxico-dependentes que beneficiam de tratamento para reabilitação e mães solteiras.
O responsável disse que precisam de espaço para abrir mais um outro centro, alimentação, medicamentos, entre outros bens, para fazer face às necessidades das pessoas que recebem.
Manifestou preocupação com muitos jovens virados para o consumo de álcool e estupefacientes, com os seus familiares a solicitarem frequentemente ajuda do centro.
António Martins disse ter recebido uma resposta positiva do órgão legislativo, que prometeu enviar uma delegação para se inteirar das condições e necessidades do centro.
O director executivo revelou que, desde 1996, a Remar tratou mais de 50 pacientes que hoje estão reinseridos condignamente na sociedade, constituíram famílias e possuem os seus bens.
Em Angola desde 1996, a Remar é uma Organização Não-Governamental que providencia programas educacionais e de saúde para as pessoas que lutam contra a dependência do álcool e estupefacientes, dando-lhes a oportunidade de se tornarem pessoas úteis à sociedade.
A Organização Não-Governamental está igualmente em 74 países do mundo.DC/ART