Soyo - O pároco da missão católica do Mpinda, município do Soyo, Jacinto Tchimbilica, apelou esta quinta-feira, aos angolanos para continuar a cultivar e solidificar os ideais de paz, para que ela perdure.
Na sua homilia, no culto de acção de graças alusivo ao Dia da Paz e da Reconciliação Nacional, que hoje se assinala, o prelado afirmou que a palavra paz, por si só é abstracta e sem nenhum significado, sem homens e mulheres qualificados como pacíficos que comungam e promovem estes ideais.
“A paz não existe. Existem sim, homens e mulheres qualificados como pacíficos”, notou, para quem a paz deve significar harmonia e bem-estar social e não somente o calar das armas ou a ausência de conflito armado.
Por sua vez, o administrador municipal do Soyo, José Mendes Belo, sublinhou que o progresso constrói-se em clima de paz e estabilidade, tendo enaltecido os ganhos obtidos na circunscrição durante os 22 anos de paz efectiva no país.
Destacou a construção da via expressa Soyo/Nzeto, os projectos da Central Eléctrica do Ciclo Combinado do Soyo, refinaria, do processamento do gás liquefeito Angola-LNG, do aproveitamento do gás natural não associado, assim como da futura fábrica de fertilizantes.
Manifestou-se optimista de que o município que dirige continuará a crescer em todas as vertentes, com o esforço do Executivo angolano.
O culto ecuménico, que decorreu no pavilhão multiuso do Colégio Manuel Dembi, localizado no centro da cidade, foi antecedido de uma deposição da coroa de flores no túmulo do primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, na baixa da cidade, feita pelo administrador municipal, José Mendes Belo.
Participaram no mesmo, fiéis das igrejas cristãs filiadas ao Conselho de Igrejas Cristãs em Angola (CICA), representantes das forças de defesa e ordem pública, magistrados, entidades tradicionais e representantes de partidos políticos com assento parlamentar.
O evento foi animado por coros de diversas formações religiosas.
A 4 de Abril de 2002, chefias militares das Forças Armadas Angolanas (FAA) e das Forças Armadas de Libertação de Angola (FALA), braço armado da UNITA, assinaram o acordo que selou em definitivo o processo de paz, iniciando-se uma nova era de paz e esperança em Angola. PMV/JL