Luanda – As relações diplomáticas entre Angola e Guiné-Bissau “são favoráveis”, apesar de alguns obstáculos nos acordos para a exploração de bauxite nas águas profundas do Porto de Caio (Guiné-Bissau), reconheceu hoje, sábado, o embaixador guineense no país, Apolinário Mendes de Carvalho.
Segundo o diplomata, houve acordos mas nunca foram cumpridos. Contudo, espera que os mesmos sejam cumpridos nos próximos tempos.
Sem revelar o volume de negócios entre os dois países, Apolinário Mendes disse que os guineenses notabilizam-se em Angola, sobretudo nas áreas do comércio e da construção.
Por seu turno, o reitor da Universidade Lusíada de Angola, Mário Pinto de Andrade, afirmou que as relações estariam melhores se não houvesse os constrangimentos políticos na Guiné-Bissau nos últimos tempos, numa alusão aos golpes de estado ocorridos neste país africano.
Falando na condição de académico, Mário Pinto de Andrade enalteceu a figura de Amílcar Cabral, "pai" da independência da Guiné-Bissau e de Cabo Verde, e pelos seus ideais, que impulsionaram a libertação de outros países então colonizados por Portugal até 1975.
As duas individualidades foram oradoras na conferência sobre o impacto na luta de libertação das antigas colónias portuguesas, promovida pela Embaixada da Guiné-Bissau em Angola, em alusão ao 50º aniversário da independência daquele país, a celebrar-se no dia 24 deste mês que. DSC/JM