Luanda - O secretário para informação do MPLA, Esteves Hilário, considerou, esta segunda-feira, em Luanda, "oportuno" o anúncio do líder do partido, João Lourenço, sobre o rejuvenescimento do Bureau Político, previsto para os próximos dias.
Em declarações à imprensa, à margem do VIII Congresso Extraordinário do MPLA, disse que o anúncio não é novidade para os militantes, porquanto o Presidente João Lourenço já o havia feito na quarta sessão ordinária do Comité Central, em Março de 2022.
Conforme o porta-voz, o líder do MPLA vem anunciando o rejuvenescimento das estruturas do partido há dois anos, pelo que é "chegada a hora " deste acto acontecer.
O rejuvenescimento das estruturas do partido, disse, é um processo natural, pelo que não pode ser visto como um processo de fricção.
"É normal os mais velhos cederem espaço aos mais novos, passar o facho para a outra geração. É natural e está a acontecer em todos os partidos democráticos a nível do mundo, sem intenção de excluir militantes", sublinhou.
Para o porta-voz, há a necessidade de incluir nas estruturas centrais do partido gente mais nova que possa correr, porque os desafios que vêm pela frente são uma maratona.
Noutro sentido, Esteves Hilário disse que a direcção do partido traz para o presente congresso uma proposta de ajustamento aos estatutos e caberá ao conclave dizer, em última análise, o que pretende alterar nos documentos.
Acrescentou que, em 2026, o partido entra em processo orgânico ordinário, que vai culminar com um Congresso e, em seguida, com as eleições gerais, o que leva à antecipação de algumas medidas, para reajustar os rumos a seguir e olhar os desafios do futuro.
Sobre a questão da coesão do partido, Esteves Hilário disse que o MPLA é um partido democrático, com mais de quatro milhões de militantes, e é normal que haja ideias diferentes.
O congresso decorre sobre o lema "Servir o povo e fazer Angola crescer", com a participação de mais dois mil 794 delegados provenientes de várias localidades do país e do estrangeiro.
A reunião, que encerra terça-feira, discute o ajuste dos estatutos internos e a tese dos 50 anos de Independência. FMA/ART