Dundo - Seis mil e 150 refugiados da República Democrática do Congo (RDC) baseados no assentamento do Lóvua, província da Lunda-Norte, mantêm o desejo de continuar em Angola e apenas 50 querem regressar ao país de origem.
A informação foi prestada esta quinta-feira, no Dundo, pela representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) em Angola, Emmanuellle Mitte, no final da audiência com a governadora da Lunda-Norte, Deolinda Satula Vilarinho.
Segundo a responsável, actualmente o ACNUR controla nove mil refugiados, dos quais 6.200 estão no assentamento do Lóvua.
Fez saber que decorre um inquérito no assentamento para saber quantos refugiados querem ser repatriados este ano, onde já foram encontrados até ao momento 50 com este desejo.
Acrescentou que o repatriamento voluntário e organizado dos que desejam regressr ao país de origem, será realizado após o inquérito em curso no assentamento.
Por sua vez, directora regional do ACNUR para África Australia, Chansa Kapaya , disse que a audiência com a governadora da Lunda-Norte, serviu para encontrar soluções duradouras para a reintegração socioeconómica dos refugiados.
Enalteceu as acções do governo angolano em prol da segurança e da reintegração socioeconómica dos refugiados.
Em Maio de 2017 um grupo inicial de 35 mil cidadãos da RDC chegou à província da Lunda Norte, fugindo de actos de violência na zona do Kassai, uma crise que levou à declaração de uma situação de emergência.
Actualmente o ACUNUR controla 6.200 refugiados no campo do Lóvua e três mil na cidade do Dundo, o resto foi repatriado no país de origem. HD