Dundo – O quinto grupo de refugiados que manifestaram o desejo de regressar ao país de origem, foram repatriados hoje, quinta-feira para a República Democrática do Congo (RDC), através do posto fronteiriço de Chissanda, no município do Chitato, província da Lunda Norte.
Os primeiros quatro grupos, composto por 518 refugiados, foram repatriados para as províncias do Kassai Central, Lomami, Sankuru, Lualaba e Kinshasa na RDC, através dos postos fronteiriços de Chissanda e Tchicolondo.
O regresso deste grupo, enquadra-se no programa de repatriamento voluntário organizado, retomado a 19 de Julho do ano em curso, depois da sua suspensão em 2020, devido a Covid-19.
Atualmente o assentamento do Lóvua controla 6.330 refugiados.
Em Maio de 2017 um grupo inicial de 35 mil cidadãos da RDC chegou à província da Lunda Norte, fugindo de actos de violência na zona do Kassai, uma crise que levou à declaração de uma situação de emergência.
Em 2019, devido à melhoria da situação na RDC, mais de 17 mil destes refugiados regressaram ao país de origem de forma espontânea, com meios próprios.
Nesse mesmo ano, depois de um acordo entre os governos de Angola, da RDC e o ACNUR, foi organizado um retorno voluntário, que levou ao regresso de 2.912 refugiados, de forma organizada.
No entanto, em Fevereiro de 2020, a operação acabou por ser interrompida, primeiro devido às más condições das estradas e da ponte sobre o rio Kasai e, mais tarde, devido à COVID-19 que levou ao encerramento das fronteiras entre os dois países.
O repatriamento está a ser organizado pelo ACNUR em conjunto com os governos de Angola e da República Democrática do Congo (RDC) e com a colaboração da Organização Internacional para as Migrações (OIM) e parceiros.