Luanda - A Rede Mulher Angola apresentou hoje, em Luanda, a segunda fase do projecto "Participação Política das Mulheres na Governação Democrática", que visa, entre outros aspectos, assegurar a integração do género na institucionalização das autarquias locais.
A iniciativa visa ainda a integração do género nos processos legislativos, políticos e de governação, assim como melhorar o quadro legal político e institucional e os seus processos e procedimentos, face aos desafios actuais, bem como debater a importância das políticas e processos de descentralização.
Essa posição ficou vincada durante uma conferência, esta quarta-feira, em que se abordou ainda o papel dos partidos políticos e do Grupo de Mulheres Parlamentares na facilitação de processos legislativos e políticos, que abarcaram factores sensíveis à inclusão do género.
"As mulheres em posições de liderança", "Perspectivas para a inclusão das mulheres jovens nos processos políticos" e "A transição geracional nas organizações partidárias e da sociedade civil" foram temas igualmente analisados pelos participantes, no evento inaugurado pela secretária de Estado para a Família e Promoção da Mulher, Alcina Lopes da Cunha Kindanda.
Na ocasião, a responsável felicitou a Rede Mulher Angola pela escolha do tema, dada a sua importância para a promoção das políticas públicas, bem como para a inclusão e igualdade entre homens e mulheres para uma sociedade mais justa e inclusiva, sem qualquer discriminação, preconceito e estigmas.
"A realização dessa conferência constitui mais um passo marcante para a integração das questões do género nos processos legislativos, políticos e de governação", sublinhou a secretária de Estado, enaltecendo o papel da Rede Mulher Angola, em parceria com o MASFAMU, no empoderamento da mulher.
Já a representante da Organização das Nações Unidas em Angola, Zahira Virani, considerou o projecto de participação política das mulheres na governação democrática como uma iniciativa muito importante por promover o princípio da igualdade e assegurar uma governação democrática e inclusiva.
Na mesma senda, a vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, ressaltou a importância do evento, sublinhando que Angola tem dado passos sólidos e seguros nesta direcção para que as recomendações da ONU sobre a política sobre o género sejam atingidas até 2030.
Neste sentido, disse, várias organizações da sociedade civil têm estado a trabalhar e a organizarem-se para cumprir com essa meta do Executivo, que através do Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher tem coordenado essa temática. ECC/MDS/SC