Luena - Os reclusos no principal estabelecimento prisional da província do Moxico defenderam esta sexta-feira, no Luena, maior celeridade do Tribunal Supremo (TS) no tratamento das petições sobre liberdade condicional.
A inquietação foi apresentada pelo coordenador dos reclusos, Manuel Tchuma, durante uma auscultação feita pelo procurador-geral-adjunto da República, Celestino Paulo Benguela, que trabalha há dois dias no Moxico.
Manuel Tchuma, de 29 anos de idade, que cumpre o terceiro de 14 anos de prisão, disse que cerca de 27 reclusos aguardam a decisão do Tribunal Supremo para liberdade condicional, existindo ainda detidos sem acusação há dois anos.
Na ocasião, o também recluso Mateus Kawashi, detido preventivamente em Janeiro último, questionou as razões da PGR aplicar sempre a medida de prisão preventiva aos gestores públicos, uma vez que as residências destas pessoas são facilmente localizáveis.
E ao responder às diferentes preocupações, o procurador-geral-adjunto da República, Celestino Paulo Benguela, prometeu que a Procuradoria-Geral da República vai apurar de forma pormenorizar cada problema apresentado pelos reclusos, com vista a garantir a salvaguarda da legalidade.
Além de Mateus Kawashi, antigo responsável do patrimônio do Governo Provincial, a PGR indiciou, há seis meses, três administradores municipais (de Camongue, Cameia e Alto Zambeze), um director Provincial da educação e outros dirigentes, acusados de peculato, associação criminosa, má execução orçamental, entre outros crimes econômicos.
Todos eles aguardam julgamento cujos processos já foram introduzidos em juízo.