Uíge – A fronteira terrestre de Kimbata, província do Uíge, entre Angola e a República Democrática do Congo (RDC), foi reaberta na terça-feira, dois anos depois do seu encerramento, devido a pandemia da Covid-19.
O acto da reabertura da fronteira, que decorreu no posto fronteiriço de Kimbata, município de Maquela do Zombo, contou com a presença do governador do Uíge, José Carvalho da Rocha, e representantes do governador da província do Congo Central (RDC).
Ao pronunciar-se no acto, o governador provincial do Uíge, José Carvalho da Rocha, destacou a reabertura da fronteira para a troca de mercadorias e aproximação dos povos de Angola e da RDC.
O governador disse esperar que a acção traga vantagens recíprocas para os dois povos.
Na ocasião, pediu à população dos dois países residentes ao longo da fronteira para manterem uma convivência pacífica e protegerem o espaço comum.
“Aproveitemos essa oportunidade para unirmos os nossos e povos e fazermos os nossos negócios, e subsequentemente tirarmos vantagens iguais”, acrescentou o governador.
Por sua vez, o representante do governador da província do Baixo Congo, Didier Ntiya, disse que a reabertura da fronteira marca um passo importante para as trocas comerciais entre os dois povos, cujos ganhos irão se reflectir nas economias dos países.
A província do Uíge partilha uma fronteira terrestre de 175 quilómetros com a República Democrática do Congo (RDC), através do município de Maquela do Zombo, de um total de oito postos fronteiriços.
Ainda na terça-feira, foi reaberto o posto fronteiriço do município do Luau, na província do Moxico, que separa Angola e a República Democrática do Congo (RDC).
A cerimónia de reabertura foi testemunhada pelo governador provincial do Moxico, Gonçalves Muandumba, e pelo ministro congelês do Turismo e Desenvolvimento da província do Lualaba, Tchinhama Mutombo.
Na ocasião, o governador Gonçalves Muandumba destacou a medida tomada entre os governos que vai permitir maior intercâmbio de produtos entre a população das duas regiões, reanimando a economia.
O governante apelou para a necessidade das referidas trocas comerciais serem efectuadas de forma organizada e legal, exigindo uma melhor actuação das autoridades, com vista a se evitar práticas que concorrem para o contrabando e tráfico de seres humanos.
Já o representante congolês, Tchinhama Mutombo, disse que a reabertura do posto fronteiriço resulta da solicitação dos povos dos dois países.
Angola e a RDC partilham uma vasta fronteira terrestre e fluvial de dois mil e 511 quilómetros, caracterizada por um movimento migratório intenso de pessoas e bens.