Huambo - O secretário do PRS na província do Huambo, Soliya Selende, defendeu, esta terça-feira, uma gestão mais responsável e transparente das escolares públicas, com foco na melhoria da qualidade de ensino/aprendizagem.
O político, que falava à imprensa, no final de uma visita à escola primária nº48/ do bairro Capango, arredores da cidade do Huambo, disse ser importante que os gestores escolares tenham boa conduta, na perspectiva de melhor servir a comunidade estudantil e a sociedade, em geral.
Explicou que a deslocação ao estabelecimento de ensino resultou de várias denúncias públicas a respeito da cobrança de comparticipações, incumprimento de pagamento de professores e trabalhadores administrativos eventuais, bem como a exigência para a compra de material de Caligrafia aos pais e encarregados de educação.
Por isso, Soliya Selende augura por uma maior fiscalização do gabinete da Educação, para uma melhor gestão, seriedade e compromisso com o processo de ensino/aprendizagem, visando a formação de qualidade dos futuros quadros do país.
Apontou a carência de carteiras, salas de aula, professores e trabalhadores administrativos que muitas instituições de ensino da província do Huambo registam, em particular a escola nº48, como um factor comprometedor da qualidade de ensino que se almeja.
Em resposta, o director da escola primária nº48, Evaristo José Epalanga, informou que a cobrança de comparticipações, apesar de não ser um procedimento legal, assim como a compra de material de Caligrafia, resultaram de um acordo da comissão de pais, com vista a melhoria do processo docente/educativo.
Disse ser por via das comparticipações, acordadas em três mil Kwanzas/mês, que a direcção da escola consegue pagar os 10 professores e os trabalhadores administrativos eventuais, que se encontram sem salários, há alguns meses, por incumprindo de muitos pais e encarregados de educação.
Referiu que foi no início presente ano lectivo, numa reunião, que a comissão de pais, decidiu contribuir com três mil Kwanzas/mês, para aumentar o número de professores, na perspectiva evitar que dezenas de crianças fiquem fora do sistema de ensino/aprendizagem.
À semelhança deste processo, acrescentou, a comunidade do Capango contribuiu para a requalificação das infra-estruturas escolar, com o objectivo de melhorar as condições do processo de ensino.
No presente ano lectivo, a escola nº 48, matriculou, em 17 salas de aula, dois mil 700 alunos, ensinados por 35 professores, dos quais 10 colaboradores. MLV/ALH