Viana- A província de Luanda necessita de mais uma unidade prisional com capacidade para cerca três mil reclusos, para fazer face a superlotação na comarca de Viana, afirmou, esta segunda-feira, em Luanda, a Provedora de Justiça, Florbela Rocha Araújo.
Florbela Rocha Araújo falava no final de uma visita de constatação e auscultação aos reclusos instalados naquela unidade prisional.
De acordo com a provedora, a construção de mais uma cadeia seria a solução para os vários constrangimentos nas cadeias da capital do país.
Para além desta inquietação, a Provedora de Justiça sugere também a construção de um laboratório de análises clínicas na cadeia, com vista a resolução de algumas patologias no seio dos reclusos.
Durante a visita ao município satélite, Florbela Araújo manifestou-se preocupada com o excesso de prisão naquele estabelecimento, bem como da permanência dos reclusos por um longo período de tempo mesmo depois do fim do cumprimento das as suas penas.
Os reclusos apresentaram, igualmente, a preocupação relativa a liberdade provisória no caso daqueles que tenham já cumprido metade da sua pena.
A jurista prometeu levar estas inquietações às instâncias de direito para a devida resolução nos próximos tempos.
A capital do país conta com três unidades prisionais, designadamente a Cadeia Central de Luanda (CCL),Hospital Prisão de São Paulo e a Comarca de Viana.
A provedora de Justiça esteve também no hospital municipal do Capalanca e no centro de acolhimento do Zango 4.
Sugeriu ainda a construção de um novo hospital no bairro (Capalanga),em função das insuficiências que o actual apresenta para atender a população.
Já a directora da referida unidade sanitária, Maria Amélia Cativa, mostrou-se preocupada com a falta de água canalizada no estabelecimento, assim como a necessidade de uma reabilitação profunda da instituição.
A gestora do hospital disse não haver problema quanto ao atendimento dos pacientes, informando existir medicamento suficiente para atender a demanda.
A malária continua a ser a patologia que mais tem assolado aquele hospital municipal.