Luanda – O Presidente norte-americano, Joe Biden, deixou já o Museu Nacional da Escravatura, última etapa da agenda de trabalho desta terça-feira em Angola.
No local, o Estadista norte-americano encontrou artefatos, documentos e relatos que narram o impacto devastador da escravidão, destacando a resiliência dos povos africanos e as conexões profundas entre Angola e as Américas.
Este espaço é um testemunho vivo da tragédia humana que moldou as relações entre continentes, servindo como um ponto de reflexão sobre o passado e uma inspiração para promover a justiça e a igualdade nos dias de hoje.
Para os povos americanos e angolanos, o Museu da Escravatura representa um elo poderoso de memória e identidade compartilhada.
Relembra as gerações que sofreram e resistiram, enquanto reforça a importância do diálogo intercultural na construção de um futuro mais inclusivo.
Joe Biden teve a oportunidade de compreender o contexto histórico da escravidão, desde as primeiras rotas comerciais que partiram de África até o impacto global que o sistema escravocrata gerou.
Além da sua relevância histórica, o Museu da Escravatura destaca-se como um importante ponto turístico para visitantes de todo o mundo.
Especialmente para os americanos, a experiência proporciona um retorno às raízes da diáspora africana, fortalecendo a conexão com as suas origens e estimulando a busca por reconciliação histórica.
Neste sentido, esta visita do Presidente Biden ao país fica registada como um marco cultural de união entre Angola e os Estados Unidos, sublinhando a importância da preservação da memória colectiva e reafirmando os laços entre as duas nações.
Museu Nacional da Escravatura
O Museu Nacional da Escravatura é um património cultural de guarda as peças originais de artigos valiosos que foram usados na época de do tráfico de escravos.
Localizado no Morro da Cruz, na cidade de Luanda, o Museu é um importante património cultural de Angola que se dedica na preservação da memória colectiva referente aos 500 anos de escravatura a que os angolanos foram submetidos.
Inaugurado em 1997, este importante sistema de informação está recheado de artefactos de elevado valor histórico que preservam e relatam a longa história da escravatura no território angolano.
A sua sede está na Capela da Casa Grande, templo do século XVII, onde os escravos eram baptizados antes de embarcarem nos navios negreiros que os levavam para a América.
O museu, que reúne e expõe centenas de peças utilizadas no processo de tráfico de escravos, está instalado na antiga propriedade de Álvaro de Carvalho Matoso, um dos maiores comerciantes de escravos da costa africana na primeira metade do século XVIII.ART