Luanda – O Presidente da República, João Lourenço, destacou esta quinta-feira, em Luanda, a importância do equilíbrio dos ecosistemas, enquanto pilares e suportes da humanidade.
O Estadista defendeu este posicionamento na abertura da primeira Conferência Internacional sobre Biodiversidade e Áreas de Conservação, que a capital angolana acolhe até sexta-feira (31).
Na ocasião, perante membros dos distintos órgãos de soberania, especialistas e da sociedade civil, frisou que este acontecimento coloca Angola no centro das discussões globais sobre a preservação do ambiente.
Realçou a importância de “vermos na natureza que todas as formas de vida desempenham um papel importante que contribuem para o equilíbrio dos ecosistemas”.
No que toca ao país, João Lourenço disse acreditar que a biodiversidade angolana seja das mais importantes de África e do Mundo.
Frisou que dados da União Interministerial para a Conservação da Natureza indicam a existência de cinco (5) mil espécies de plantas em Angola, onde mil e 200 são endémicas, o que torna o país o segundo no continente africano em termos de riqueza de plantas endémicas.
Salientou também o facto de Angola se ir afirmando cada vez mais, a nível mundial, pelo que as autoridades competentes têm levado a cabo políticas concretas, relativamente à conservação, preservação e uso sustentável dos recursos biológicos de que dispõe.
Fez menção ao facto de, desde 1992, existir a Convenção sobre Diversidade Biológica, um tratado da organização das Nações Unidas responsável pelas políticas e actuação dos países neste domínio.
Acrescentou que a Convenção sobre Diversidade Biológica tem como objectivo o uso sustentável da biodiversidade e a repartição justa e equitativa dos benefícios decorrentes da utilização dos recursos genéticos.
Citou ainda o facto de o país albergar ecossistemas únicos e espécies emblemáticas, tendo destacado na fauna “a Palanca Negra Gigante, um verdadeiro ícone nacional, e na flora a Welvitcha Mirabilis, uma planta que desafia o tempo com a sua resiliência no deserto do Namibe”.
Estas riquezas angolanas e patrimónios da humanidade têm um valor incalculável para o equilíbrio ambiental do planeta.
Acrescentou, ainda, que a localização geográfica do país lhe confere um papel estratégico nas rotas migratórias de espécies importantes, como os elefantes africanos e diversas aves, “que dependem das nossas florestas, rios e zonas húmidas”. SC