Luanda - O Presidente da República, João Lourenço, deslocou-se, na manhã desta quarta-feira, à província de Benguela, onde participa na Cimeira Multilateral sobre o Corredor do Lobito.
A cúpula é organizada por ocasião da visita, de três dias, do Presidente Norte-americano, Joe Biden, a Angola, que termina hoje.
O encontro ocorre no Complexo Industrial Carrinho, localizado na zona da Taka, arredores de Benguela, com as presenças dos Presidentes de Angola, EUA, República Democrática do Congo (RDC), Zâmbia e o Vice-Presidente da Tanzânia, respectivamente, João Lourenço, Joe Biden, Félix Tshisekedi, Hakainde Hichilema e Philip Mpango.
Os líderes vão reunir-se com os olhos postos na aceleração da atracção dos investimentos necessários para o Corredor do Lobito, que poderá interligar os oceanos Atlântico e Indico.
Os EUA já mobilizou, até agora, milhares de milhões de dólares para esse projecto, e "Joe Biden vai envolver-se com vários componentes desse esforço de infra-estrutura e elevá-los-á.
Esta fase inclui a construção de 800 novos quilómetros na linha ferroviária que atravessa Angola, Zâmbia e RDC, que se somarão aos 1.344 quilómetros já existentes e que estão a ser renovados.
O objectivo é reduzir o tempo de trânsito da Zâmbia e Sul da RDC até ao Porto angolano do Lobito dos actuais cerca de 45 dias para menos de uma semana.
Corredor do Lobito
Com gestão privada por um período de 30 anos, através do Consórcio 'Lobito Atlantic Railway', formado pelas empresas Vecturis, Trafigura e Mota Engil, o Corredor do Lobito integra o Porto, o Terminal Mineiro, o Aeroporto Internacional da Catumbela e o Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB), cuja linha se estende por mil 344 quilómetros de extensão até ao Luau, no Moxico.
Dado o papel estratégico para o desenvolvimento económico regional, foram investidos mais de dois mil milhões de dólares na reabilitação e modernização das infra-estruturas e meios circulantes do Corredor, com vista a dinamizar o transporte de mercadorias diversas, beneficiando os três países fronteiriços.
O Executivo angolano já projecta a construção da linha de 259 quilómetros de extensão, que vai ligar o país à Zâmbia, partindo do município de Luacano (Moxico) até à região fronteiriça zambiana de Jimbe.
A recuperação das vias-férreas da Zâmbia e da RDC é fundamental para permitir a sua interligação ao CFB, na zona do Luau, na fronteira de Angola, e, com isso, revitalizar o transporte de minério para o Lobito.ART