Cuanza Norte - O Presidente da República, João Lourenço, chegou, este sábado, à província do Cuanza Norte, onde se vai inteirar do evoluir das obras de construção do Aproveitamento Hidroeléctrico de Caculo-Cabaça, num investimento orçado em USD 4,5 mil milhões.
Trata-se de uma das fases de construção do Aproveitamento Hidroeléctrico e que consiste no desvio do Rio, uma acção que vai permitir o arranque da construção do "paredão" da barragem e da casa de força, onde serão colocadas quatro turbinas de 530 megawatts (MW) cada uma, num total de 2,172 MW.
O Aproveitamento Hidroeléctrico de Caculo-Cabaça deverá começar a gerar energia comercial em Outubro de 2026, período para que está prevista a entrada em operação da primeira das quatro turbinas da central.
A empreiteira chinesa e as empresas subcontratadas mantêm as várias frentes de obras, incluindo a construção da vila, onde estão instalados dormitórios, escritórios, refeitórios, administração local, entre outros serviços.
A empreitada, com o financiamento da China, inclui obras de construção civil e sistema de transporte associado com mil e 300 quilómetros de linha.
A construção do Aproveitamento Hidroeléctrico de Caculo-Cabaça conta igualmente com o financiamento do Governo da Alemanha com um valor na ordem de 1,1 mil milhões de dólares.
Aquando do lançamento da 2ª fase desta empreitada, em Novembro de 2022, o presidente da China Gezhouba Group Internacional Engineering, Liu Hualiang, referiu que a produção média anual de Caculo-Cabaça será de 8. 566 gigawatts de energia hídrica.
Trata-se de uma capacidade que vai permitir reduzir a emissão de gases com efeito estufa, em cerca de 7,2 milhões de toneladas por ano, em Angola.
Este é o maior Aproveitamento Hidroeléctrico construído por uma empresa chinesa em África.
O projecto "As três Gargantas" conta com empresas como a Voith, o consórcio O & G e outros participantes.
No Corredor do Médio Kwanza estão em funcionamento os aproveitamentos hidroeléctricos de Capanda, Laúca e Cambambe.
Angola faz parte do Pacote 2
A matriz energética actual, entre a hídrica, centrais térmicas e híbrida, levou Angola a fazer parte do Pacote 2 dos países com maior capacidade de energia eléctrica instalada em África.
O Atlas Africano de Energia 2020-2021 traz uma lista liderada pelo Egipto, seguido da África do Sul, Argélia, Nigéria, Marrocos e Angola, que vêm no Pacote 2. NE/AL/ADR
