Benguela – O Chefe de Estado zambiano, Hakainde Hichilema, deixou já a província de Benguela, depois de participar na cerimónia de transferência da concessão dos serviços ferroviários e da logística de suporte do Corredor do Lobito ao consórcio Lobito Atlantic Railway.
O acto aconteceu hoje na cidade ferroportuária do Lobito e foi testemunhado também pelos seus homólogos angolano e congolês democrático, João Lourenço e Félix Tshisekedi, respectivamente, países ligados ao projecto Corredor do Lobito.
No aeroporto da Catumbela, o Presidente zambiano recebeu cumprimentos de despedida do governador provincial, Luís Nunes, e de membros do Executivo.
A cerimónia de assinatura do contrato de concessão foi marcada pela intervenção dos três Estadistas, para além das do governador de Benguela, Luís Nunes, dos ministros dos Transportes, Ricardo de Abreu, das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, e do presidente da Comissão Executiva da Trafigura, Jeremy Weir.
Na ocasião, foi também inaugurada a ligação em fibra óptica entre Angola e Zâmbia, por vídeo chamada.
O consórcio Lobito Atlantic Railway é composto pelas empresas Trafigura, Vecturis e Mota Engil. Foi considerado vencedor do concurso internacional no dia 4 de Novembro de 2022.
Estará sob sua responsabilidade, a transportação das cargas pesadas bem como a a manutenção das infra-estruturas do Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB).
Por seu turno, o CFB vai encarregar-se pelo transporte de passageiros e de cargas mais leves.
O Corredor do Lobito estende-se desde o Porto do Lobito, banhado pelo Oceano Atlântico, e atravessa Angola de Oeste a Este, passando pelas províncias de Benguela, Huambo, Bié e Moxico.
Abrange as áreas de mineração da província de Katanga, na RDC, e Copperbelt, na Zâmbia.
O corredor representa a rota mais curta até um porto a partir das áreas ricas em minerais da RDC e da Zâmbia.
Com gestão privada, o Corredor do Lobito integra o Porto do Lobito, o Terminal Mineiro, o Aeroporto da Catumbela e o Caminho-de-Ferro de Benguela.
Para a SADC, o referido corredor é visto como um importante meio de desenvolvimento da região, com benefícios para Angola e os países vizinhos (RDC e Zâmbia). CRB/ADR