Luanda - O Presidente do MPLA, João Lourenço, afirmou, esta sexta-feira, que o Executivo tem vindo a estimular a produção nacional, tendo como meta constituir a cesta básica essencialmente com produtos “Made in Angola”.
Falando na abertura da reunião do Comité de Honra do MPLA, João Lourenço, também Titular do Poder Executivo, fundamentou que a aposta visa ainda criar riqueza nacional, poupar divisas, baixar os preços e dar maiores oportunidades de emprego a todos os envolvidos no processo de produção.
Para o Presidente, os desafios actuais estão essencialmente virados à necessidade do fortalecimento da economia nacional de modo a garantir aos cidadãos angolanos o bem-estar social, através da maior oferta de bens essenciais de consumo.
Nesta senda, apontou que os serviços públicos, o maior acesso à saúde, educação e ensino, mais disponibilidade e oferta da habitação e de emprego, são desafios prioritários que devem ser cumpridos pelos governantes do seu partido.
Segundo João Lourenço, uma atenção especial está a ser prestada ao sector agropecuário, particularmente à agricultura familiar e à indústria transformadora dos bens alimentares produzidos no campo, para que cheguem à mesa do consumidor nas melhores condições de apresentação, higiene e conservação.
Noutra parte da sua intervenção, alertou os membros do partido a refletir sobre o passado de luta e de vitórias conquistadas, mas, sobretudo, o rumo a seguir no futuro, para o desenvolvimento do país.
Disse que muito se fala e se especula sobre os propósitos e fins da realização do Congresso Extraordinário do MPLA, como se os seus estatutos não admitissem essa possibilidade, sempre que fosse necessário, quando na realidade não é o primeiro da história do partido.
“Isto, só vem demonstrar a importância do nosso partido na sociedade angolana, não deixando ninguém indiferente sempre que nos reunimos para analisar a nossa vida interna e a situação política, económica e social do país, coisa que o fazemos com maior abertura e transparência possível, porque não somos nenhuma organização clandestina”, exprimiu.
Nesta esteira, João Lourenço fez saber que as sessões dos conclaves do partido são públicas e do conhecimento dos cidadãos angolanos, a razão da existência do MPLA e que a estes serve.
“Tratando-se de congresso estatutário, temos o dever de prestar informação posterior às competentes instituições do estado, nomeadamente ao Tribunal de Constitucional”, pontualizou o líder.
Lembrou que o país para o qual lutaram os dirigentes, militantes e simpatizantes do MPLA, tendo muitos deles morrido nas cidades, matas, cadeias da antiga PIDE-DGS (polícia secreta colonial portuguesa), na clandestinidade e em outras regiões, tornou-se livre e independente graças ao sacrifício e entrega total destes filhos da nação.
Sublinhou ainda que ao longo dos 50 anos de Independência Nacional que se avizinham, o MPLA soube consolidar a soberania nacional, abriu o país à democracia multipartidária, economia de mercado, paz e a reconciliação nacional entre irmãos, filhos da mesma mãe (Angola).
A reunião, que contou também com a participação dos membros do Bureau Politico do MPLA, analisou, entre outras questões, aspectos relacionados com a realização do VIII Congresso Extraordinário, a ter lugar em Dezembro, e o Programa Geral dos 50 anos de Independência Nacional, a assinalar-se a 11 de Novembro de 2025.
Foi igualmente prestada uma informação relacionada com a segurança alimentar “versus” produção nacional, contando com as contribuições dos especialistas sobre esta matéria.
O Conselho de Honra do MPLA, integrado por ex-dirigentes da direcção da organização, é composto por 33 membros e serve como estrutura de consulta para o Presidente do partido, em decisões de grande importância nacional. AFL/ART