Luanda - O presidente do MPLA, João Lourenço, advogou, esta segunda-feira, o preenchimento das vagas de direcção do partido nos diversos escalões, por quadros de reconhecida competência.
Durante a sua alocução, no Encontro Nacional com os primeiros secretários das Estruturas de Base, alertou para o preenchimento de vagas nas direcções do partido com pessoas com "curriculum" dentro dos Comités Acção do Partido.
Pena, disse, que muitos destes camaradas são preteridos a favor de outros, com jogos de influência e amparados por alguns membros da direcção, acabando por conseguir de forma desmerecida as vagas por preencher.
Para João Lourenço, esta situação deve ser sempre denunciada e corrigida, pela necessidade de haver maior lisura, honestidade e justiça nos processos de renovação de mandatos em todos os escalões da hierarquia partidária.
Elogiou os trabalhos que têm realizado os primeiros secretários, sem a preocupação do mediatismo que as câmaras fotográficas e a televisão proporcionam, caso acompanhem o seu trabalho, tendo realçando que, mesmo assim, continuam a realizar actividades de forma incansável.
Apoio à juventude e mulheres
Enalteceu o MPLA por continuar apostado em promover os jovens e as mulheres, tanto no seio do partido como nas instituições do Estado.
"Poucos países valorizam tanto o papel que o jovem e a mulher desempenham na sociedade, ocupando os mais altos cargos da hierarquia do partido e do Estado como nós o fazemos", salientou.
Esclareceu que esses dois segmentos da sociedade estão presentes em todas as conquistas do país, na política, defesa, desporto, cultura, educação, ciência e investigação, economia, justiça, vida parlamentar e na governação.
Lembrou que o leque de funções ocupadas por jovens e mulheres é grande e vai desde administradoras municipais, governadoras, cujo número acaba de crescer, presidentes dos Conselhos de Administração de grandes empresas, reitoras de instituições do Ensino Superior, ministras, juízas, presidente da Assembleia Nacional, Vice-Presidente do partido e Vice-Presidente da República.
A luta, avançou, pela emancipação da mulher e igualdade do género em Angola é um facto e não apenas uma mera intenção que se esgota em discursos vazios.
Sobre a juventude, enfatizou que muitos jovens angolanos deram provas de estar preparados para ocupar também importantes funções no aparelho do partido e do Estado.
Lembrou que, em 1979, quando o então Presidente António Agostinho Neto faleceu, o MPLA confiou a direcção dos destinos do país a José Eduardo dos Santos, um jovem, na altura, com apenas 37 anos de idade.
"Vamos, por isso, continuar a apostar nos nossos jovens, prepará-los e dar-lhes todas as oportunidades de ascenderem até onde suas capacidades permitirem, inclusive para a assumpção do mais alto posto de Presidente da República", garantiu.
Independência Nacional
Ressaltou que Angola vai comemorar, no próximo ano, os cinquenta anos da sua existência desde que aos 11 de Novembro de 1975 o então Presidente do MPLA, António Agostinho Neto, proclamou a Independência Nacional do país.
O líder partidário informou que será um ano de festa, de comemorações, mas também de reflexão sobre os caminhos trilhados nestes cinquenta anos.
Declarou que o MPLA vai continuar a trabalhar para Angola e para os angolanos, para o desenvolvimento e progresso social.
Disse que as reformas em curso, o combate contra a corrupção, a criação de um melhor ambiente de negócios, a diversificação da economia, o sucesso do programa com o Fundo Monetário Internacional, a maior abertura ao mundo, vão continuar.
Pediu unidade e coesão interna no MPLA, bem como o combate a qualquer tentativa de divisão, porque só unidos são mais fortes e em condições de cumprir o papel histórico.
Participaram do encontro cerca de dois mil e 700 primeiros secretários provenientes de todo o país, em representação dos 60 mil comités existentes. LDN/VIC/SC