Luanda – O Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, visita Angola sexta-feira (25) e sábado (26), no quadro do reforço da cooperação bilateral e das ligações históricas existentes entre os dois países.
A informação foi divulgada pela Agência Brasil, adiantando que, na capital angolana, Lula da Silva terá uma reunião privada e outra ampliada com o homólogo João Lourenço, no primeiro dia da visita.
A fonte refere que o Chefe de Estado brasileiro também irá à Assembleia Nacional para participar num seminário, onde falará sobre o projecto no Vale do Cunene, e num evento empresarial que deverá ter a presença de cerca de 60 empresários brasileiros.
Além disso, estão previstas as assinaturas de actos e memorandos nas áreas de agricultura, processamento de dados, saúde e educação.
O Presidente Lula da Silva chega a Luanda proveniente de Joanesburgo, África do Sul, onde participa, de 22 a 24, na 15ª Cúpula do BRICS, bloco de países de economias emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Depois de Luanda, refere a Agência Brasil, o Presidente Lula da Silva irá a Príncipe, capital de São Tomé e Príncipe, para participar da 14ª Conferência de Chefes de Estado da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Na Conferência, São Tomé e Príncipe vai suceder à República de Angola na presidência rotativa da organização, por um período de dois anos.
Criada a 17 de Julho de 1996, a CPLP tem como membros Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
A cooperação entre Angola e o Brasil começou a desenhar-se a 11 de Junho de 1980, com a assinatura do Acordo de Cooperação Económica, Científica e Técnica.
No âmbito desse acordo, os dois países desenvolveram a cooperação bilateral nas áreas da saúde, cultura, administração pública, formação profissional, educação, meio ambiente, desporto, estatística e agricultura.
O Brasil foi o primeiro país do mundo a reconhecer a independência de Angola, proclamada a 11 de Novembro de 1975, pelo então Presidente António Agostinho Neto. AL/ADR