Lobito - O presidente da UNITA, Adalberto da Costa Júnior, defendeu este sábado, no Lobito, que o Estado deve potenciar os empresários, dentro dos limites da competitividade, para que esses possam ser os agentes do desenvolvimento.
Segundo o líder da UNITA, que falava num acto político de massas por ocasião do 59º aniversário deste partido, assinalado a 13 do corrente mês, não deve ser o Estado a responsabilizar-se pela economia, porque essa situação cria monopólios, causa falência das empresas e não proporciona desenvolvimento.
O político referiu que o país ainda enfrenta muitos desafios, como a criação de empregos para a juventude, combate à fome, melhorias no atendimento médico e medicamentoso, inserção de milhares de crianças ainda fora do sistema de ensino com a construção de mais escolas, reabilitação de estradas, dentre outros.
A seu ver, os 50 anos de independência devem ser vividos no sentido positivo e devem ser debatidos nas comunidades.
Adalberto Costa Júnior apelou à democracia participativa, onde o cidadão cobra e muda o governante quando não cumpre com aquilo que está instituído no seu mandato.
A propósito, exortou os cidadãos a tratarem o Bilhete de Identidade para poderem votar nas próximas eleições gerais, em 2027.
"Os agentes da UNITA nas circunscrições onde estiverem devem ajudar a fazer o levantamento daqueles que ainda não têm BI e sensibilizá-los a tratarem o documento para que tenham a cidadania reconhecida", disse.
Por outro lado, considera que os políticos devem ser fiéis e respeitar os limites dos mandatos nos partidos e organizações. "Só assim vamos conseguir factores de estabilidade", afirmou.
Para Adalberto da Costa Júnior, Angola ainda não vive uma democracia que pode servir de exemplo para muitos países africanos.
Entretanto, ainda por ocasião da data, o Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA fez sair um comunicado, realçando a trajectória de criação do partido.
"A UNITA reafirma a sua determinação em unir os seus esforços aos da sociedade angolana para institucionalização das autarquias locais o mais brevemente possível (...)", lê-se no documento.
Felicita as mulheres angolanas e do mundo por mais um Março a si dedicado e encoraja-as a continuar a lutar para igualdade do género.
Solidariza-se com as vítimas da cólera que afecta o país nos últimos meses e exige do Executivo medidas emergenciais e eficazes no combate contra esse mal que já vitimou mais de duzentas pessoas em todo o país. TC/CRB