Luanda - O Presidente da SADC, Emerson Mnangagwa, considerou, o Dia da Libertação da África Austral, que se assinala este domingo, uma data para homenagear os bravos Heróis da região, que sacrificaram as vidas pela independência, liberdade, democracia e soberania.
Numa declaração por ocasião do 23 de Março, o também Chefe de Estado do Zimbabwe referiu que à medida que se comemora este evento anual, “refletimos profundamente sobre onde estamos no contexto de nossas lutas históricas, cujo objetivo era nos dar plena propriedade dos meios de produção em nossas economias e, consequentemente, ser mestres de nosso próprio destino, bem como restaurar nossa dignidade”.
Exortou aos povos independentes do SADC, a permanecerem vigilantes e alertas aos desafios emergentes que ameaçam a independência duramente conquistada e a estabilidade geral da região.
“Devemos continuar a ser solidários contra a imposição de sanções ilegais, o uso de medidas coercitivas e/ou quaisquer outras acções que prejudiquem nossa soberania e integridade territorial”, asseverou.
Segundo Mnangagwa, este dia histórico, também é uma ocasião especial para se lembrar do povo da República Democrática Árabe Saharaui, a quem ainda é negado o direito de determinar seu próprio destino.
“A África não será livre até que o Saara Ocidental seja liberado, livre e independente”, afirmou.
Paz na RDC
Apesar de realçar que SADC continua a ser uma região relativamente calma e pacífica, de que se orgulham, manifestou preocupação com a situação reinante na República Democrática do Congo.
Neste sentido, reiterou o apelo à paz duradoura na RDC, pois a situação vigente prejudica as aspirações “que nos foram legadas por nossos Pais Fundadores e delineadas no Acto Constitutivo e na Visão 2050 da SADC”.
“Agora é a hora de silenciar as armas, diminuir as tensões e hostilidades, bem como se envolver em diálogo para garantir resultados mediados para uma paz duradoura na RDC”, apelou.
Alterações climáticas
Na declaração, Emerson Mnangagwa deplora o facto de ao longo dos anos, a região ser muito afectada por desastres recorrentes induzidos por mudanças climáticas, trazendo consequências para as populações, economias e meio ambiente.
Notou que os padrões climáticos extremos resultaram em secas frequentes e severas, ameaçando a segurança alimentar e meios de subsistência em toda a região.
Por isso, disse que é responsabilidade colectiva de tomar medidas decisivas para mitigar e gerenciar os efeitos desses desastres naturais.
Para o efeito, afirmou que há necessidade de aprimorar recursos de alerta precoce, construir capacidades de resiliência e adaptação, alavancando a implantação da ciência, tecnologia e inovação.
Aproveitou a oportunidade para galvanizar todos os cidadãos da SADC a se unirem para o bem colectivo das gerações presentes e futuras.
“Apelo a cada um de nós, não importa onde estejamos, para permanecer vigilantes na salvaguarda de nossa rica herança de libertação, soberania colectiva e integridade do território.ART