Luanda - O Presidente da República, João Lourenço, desembarcou, no início desta tarde, na capital do país, proveniente de Brazzaville, República do Congo, onde cumpriu uma visita de trabalho de 48 horas.
À sua chegada, João Lourenço recebeu cumprimentos da Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, e de outros altos funcionários do Estado.
Na República do Congo, o Estadista manteve sábado um encontro de trabalho com o seu homólogo, Denis Sassou Nguesso, para analisar questões de interesse bilateral e a situação de segurança regional.
Depois do encontro, o Presidente João Lourenço participou, com a delegação que o acompanha, num jantar oficial oferecido pelo seu homólogo Denis Sassou Nguessou, no Palácio Presidencial.
Antes da sua deslocação a Brazzaville, o Presidente João Lourenço dirigiu no mesmo dia, em Kampala (Uganda), os trabalhos da Cimeira Extraordinária da União Africana (UA) dedicada à agricultura no continente.
No seu discurso de encerramento, manifestou-se esperançado de que vai prevalecer o espírito de unidade dos moçambicanos na resolução da crise pós-eleitoral que afecta o país.
Referiu que Moçambique, país que enfrenta um conflito armado ainda não estabilizado em definitivo, na região de Cabo Delgado, vê-se a braços com um novo desafio à democracia.
Salientou que, como resultado desta crise pós-eleitoral, só em dois meses duas centenas de moçambicanos perderam a vida, para além da destruição de importantes infra-estruturas económicas e sociais.
Também durante a sua intervenção, manifestou a sua preocupação com a guerra que o povo do Sudão enfrenta, suas grandes consequências para a vida e segurança dos cidadãos, bem como para a economia desta Nação e dos países vizinhos, pelo elevado número de refugiados que recebem.
Neste contexto, apelou às partes em conflito para encararem seriamente a necessidade da resolução do conflito pela via do diálogo.
Ainda no que toca à situação de segurança no continente africano, o Chefe de Estado frisou que o conflito entre a República Democrática do Congo (RDC) e o Rwanda deve conhecer um desfecho em breve, “se tivermos em conta os grandes avanços alcançados nos últimos meses nas reuniões do Processo de Luanda, ao nível ministerial”.
Porém, defendeu que “uma cimeira ao mais alto nível ajudará, com certeza, a desbloquear o impasse para evitar o retrocesso do processo e assegurar que não sejam desperdiçados os entendimentos e ganhos já alcançados. SC