AN e grupo de  mulheres da RDC abordam situação política e social

     Política              
  • Luanda • Quarta, 17 Julho de 2024 | 19h42
Presidente da Assembleia, Carolina Cerqueira(D), recebe em audiência responsável da associação de mulheres vítimas da violência no leste da RDC, Juliene Essange
Presidente da Assembleia, Carolina Cerqueira(D), recebe em audiência responsável da associação de mulheres vítimas da violência no leste da RDC, Juliene Essange
Nelson Malamba - ANGOP

Luanda - A presidente da Assembleia Nacional (AN), Carolina Cerqueira, manteve  hoje, quarta-feira, em Luanda, um encontro com o grupo de mulheres da RDC, de quem recebeu informações sobre as consequências do conflito armado no leste do país.

As mulheres pertencem à organização “Sinergia das Mulheres para a Paz e Segurança da RDC”.

Na ocasião, Carolina Cerqueira manifestou a solidariedade dos deputados angolanos para com as populações vítimas do conflito armado que tem provocado a destruição das infra-estruturas sociais, a desintegração familiar, violação de mulheres e crianças, bem como a fome a milhares de pessoas.

Durante o encontro, reafirmou o compromisso em advogar  a favor da paz na RDC, ressaltando os esforços do Chefe de Estado angolano para o alcance deste objectivo  e a retirada das forças rebeldes do território do Congo democrático.

 Referiu que as plataformas parlamentares nacionais têm  desenvolvido uma intensa diplomacia parlamentar nos fórum regionais e internacionais a favor da paz, da segurança e da estabilidade na região.

Através das delegações interparlamentares, disse que  os deputados angolanos continuarão a fazer advocacia pela promoção da paz na RDC, país irmão com o qual Angola partilha uma extensa fronteira terrestre.

Por sua vez, a chefe da delegação de mulheres da RDC, Juliene Essanje, informou que a situação está a deteriorar-se a cada dia, perpetuando um sofrimento indescritível por toda população congolesa.

“A situação de segurança na parte leste da RDC é crítica. Temos mais de 10 milhões deslocados internos por causa deste conflito, onde mulheres, idosos e crianças estão a morrer de fome”, lamentou.

Juliene Essange explicou que, fruto do conflito armado, a população está impedida de se deslocar aos campos agrícolas.

Reconheceu ainda os esforços envidados pelo Chefe de Estado angolano para restaurar a paz naquele território da região.

Crise na RDC

A República Democrática do Congo (RDC) enfrenta desafios de segurança na sua região Leste, há vários anos.

Apesar dos esforços de paz da ONU e da União Africana, a situação continua instável e perigosa, com constantes violações dos acordos de cessar-fogo e dos direitos humanos.

Várias organizações humanitárias, como o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), tentam ajudar a população afectada, fornecendo assistência médica, alimentar, financeira e psicossocial, além de facilitar o restabelecimento dos laços familiares.

No quadro do Processo de Luanda,  Angola recebeu da União Africana mandato para lidar apenas com o caso M23, enquanto o Quénia deve actuar com assuntos relacionados com os outros grupos rebeldes que actuam naquele país.

Angola, no âmbito da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), tem estado a facilitar o diálogo entre as partes que permitiu a adopção do Roteiro de Luanda sobre o processo de pacificação da região leste da RDC.

No quadro do Roteiro de Luanda, foi adoptado o plano de acção conjunto para a resolução da crise de segurança.

O plano conjunto prevê a cessação das hostilidades, em geral, e, em particular, dos ataques do M23 contra as Forças Armadas da RDC.

Também estabelece o acantonamento e desarmamento do M23, o regresso dos deslocados internos às suas áreas de origem, assim como o retorno dos refugiados congoleses no Ruanda à RDC.MGA/ART



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