Luanda - O Presidente do MPLA, João Lourenço, considerou, esta quinta-feira, a organização juvenil do partido (JMPLA), forjadora dos quadros de que o partido e a nação necessitam para o seu desenvolvimento.
O líder do MPLA falava na abertura do IX congresso da JMPLA, que decorre durante três dias, e vai eleger o novo secretário nacional da organização, em substituição de Crispiniano dos Santos.
Fazendo um paralelismo, frisou que na natureza, para se ter uma planta de qualidade que garante a colheita de bons frutos, precisa-se de cuidar da semente, da muda, enquanto estiver no viveiro, antes de a transplantar.
“Na política, se quisermos ter um bom militante do MPLA, precisamos de cuidar dele enquanto jovem da JMPLA, que comece a dar os primeiros passos na política”, comparou.
Afirmou que o MPLA sempre valorizou e apostou no grande potencial dos jovens, preparando-os para enfrentar e superar os grandes desafios que o Partido e a sociedade apresentam em cada etapa da nossa história.
Neste sentido, reconheceu que os membros da JMPLA e, no geral, os jovens angolanos nunca defraudaram a confiança e as expectativas neles depositadas pelo Partido e pela Nação Angolana.
Apontou que foram participantes activos da luta de libertação nacional, da luta pela defesa da integridade territorial e da soberania nacional.
Na actualidade, prosseguiu, contribuem na reconstrução nacional, no desenvolvimento económico e social do país e para todas as conquistas alcançadas em todos os domínios.
Segundo João Lourenço, também Presidente da República, na defesa da pátria, na economia, na cultura, na educação e ensino, na ciência, na inovação, no desporto, na construção da paz e da reconciliação nacional, na diplomacia e em outros domínios não menos importantes, os jovens souberam sempre levantar bem alto o bom nome de Angola.
50 anos da Independência
Por outro lado, frisou que país completa, em 2025, 50 anos de independência nacional que se pretende comemorar com todo entusiasmo, alegria e energia positiva que a circunstância recomenda.
Para o efeito, disse que os partidos políticos, as igrejas, as organizações da sociedade civil e os cidadãos patriotas e comprometidos com as causas nobres da nação vão participar entusiasticamente nas actividades programadas.
O objectivo, de acordo com o estadista, é render homenagem aos ancestrais e a todos aqueles que, com sacrifícios incomensuráveis, com sangue, suor e lágrimas, tornaram possível, após cinco séculos de humilhação, quebrar as grelhetas da opressão colonial.
“Vamos refletir sobre a Angola que queremos e teremos nos próximos 50 anos e que papel está reservado aos jovens de hoje e de amanhã”, asseverou.
Durante a sua intervenção, realçou que “ é nossa missão do partido, mas também como vossos mais velhos, preparar-vos para assumirem vossas responsabilidades, de preferência melhor do que nós o fizemos e estamos a fazer hoje, porque as gerações mais novas devem aspirar sempre superar o desempenho das gerações mais velhas”.
Formação académica
Alertou aos jovens de que a formação académica, a profissional, mas também a desportiva e cívica são peças-chave para alcançar este objetivo de preparação, lançamento e promoção dos profissionais, dos líderes associativos, mas também dos líderes políticos e governantes de que a Angola necessita para hoje e amanhã.
O Presidente do MPLA disse que vive-se actualmente num mundo digital dominado pelas tecnologias de informação e comunicação, com a inteligência artificial, com os seus méritos e ameaças em franco crescimento, domínios onde os mais jovens se sentem à vontade pela facilidade da aprendizagem e adaptação mais rápida que têm.
“É sob este pano do fundo das TICs, da digitalização, da industrialização, que mais facilmente vamos diversificar nossa economia, aumentar a produção nacional, aumentar as exportações e a oferta de postos de trabalho”, afirmou.
Sob o lema "JMPLA - Pela Pátria ao Serviço da Juventude", o Congresso reúne mil 795 delegados e vai discutir a alteração dos estatutos da organização juvenil, os ajustes do Plano Programático (2024/2029) e as teses focadas no patriotismo, orgulho, amor e devoção à pátria.
Os congressistas vão ainda alinhar a JMPLA com as transformações políticas, sociais e económicas em curso em Angola..
Para substituir o primeiro-secretário nacional cessante, Crispiniano dos Santos, estão na corrida os militantes Adilson Amado Mamene Hach e Justino Fernando de Castro Capapinha.
A JMPLA foi fundada em 23 de novembro de 1962, em Leopoldville (actual Kinshasa), na República Democrática do Congo, no contexto da primeira g de libertação nacional.ART