Presidente angolano defende coordenação de esforços para paz na RDC

     Política              
  • Luanda • Sábado, 03 Junho de 2023 | 13h19
Presidente da República, João Lourenço
Presidente da República, João Lourenço
Pedro Parente-ANGOP

Luanda - O Chefe de Estado angolano, João Lourenço, defendeu hoje, sábado, em Luanda, a urgência de maior coordenação entre todos os intervenientes no processo de paz na República Democrática do Congo (RDC), tendo em vista os objectivos de paz definidos.

Neste contexto, João Lourenço, que discursava na Cimeira Extraordinária da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL) sobre a paz e segurança no Leste da RDC e na República do Sudão, defendeu ainda a necessidade da realização de uma Cimeira Quadripartida em Luanda.

Segundo o estadista angolano, nesta Cimeira Quadripartida deverão estar representantes da Conferência de Desenvolvimento da África Austral (SADC), Comunidade do Estados da África Oriental (CAO), Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL) e Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC), sob a coordenação da União Africana (UA).

“Gostaria de poder contar com o vosso apoio para a materialização desta intenção”, sublinhou.

Relativamente à situação do conflito armado no terreno no Leste da RDC, o Presidente João Lourenço reconheceu que, no geral, o cessar-fogo vem sendo cumprido, salvo pequenos incidentes normais em processos como este.

Nesta esteira, o Estadista angolano destacou a necessidade de se imprimir maior celeridade no processo de criação das condições de acantonamento dos cidadãos congoleses integrantes do movimento armado “M23”.

João Lourenço, actual Presidente em exercício da CIRGL, saudou a decisão que aprovou o destacamento de uma força regional no quadro da Força em Estado de Alerta da SADC, como resposta regional aos esforços de restaurar a paz e a segurança no território da RDC.

Situação no Sudão 

Com relação ao eclodir do conflito no Sudão, desde 15 de Abril do ano corrente, o Presidente angolano referiu-se ao mesmo como sendo um intrincado conflito com consequências dramáticas no plano humanitário, económico e de segurança regionais.

Observou que na sua qualidade de Presidente em Exercício da CIRGL e de Campeão da União Africana para a Paz e Segurança em África, tem procurado acompanhar a situação muito de perto.

Nesta senda, informou que manteve uma conversa com Adbel Fattah Al-Burhan, Presidente do Conselho Soberano de Transição do Sudão, com quem analisou a situação vigente neste país, tendo apelado, na altura, para que as partes beligerantes procurassem encontrar, por via do diálogo, uma solução para o problema.

Reconheceu que a situação se mantém tensa, mas argumentou que o facto de estar a funcionar um cessar-fogo cuja vigência deve ser encorajada, dá alguma esperança de que será possível definir-se um quadro negocial que conduza a uma paz efectiva e duradoura, ante-câmara para a transição do poder a um governo civil que emane da vontade do povo nas urnas.

A terminar a sua intervenção, o Chefe de Estado angolano manifestou a expectativa de que as conclusões da cimeira, que termina ainda este sábado (3) sejam produtivas e susceptíveis de ajudar a redinamizar os processos de pacificação na RDC e no Sudão.

O evento, que conta com a participação de alguns Chefes de Estados ou seus representantes da CIRGL, decorre sob o lema “Por uma região dos Grandes Lagos estável, rumo ao desenvolvimento sustentável”. 

Criada em 1994,  após os conflitos políticos e militares que marcaram a Região dos Grandes Lagos, no início da década de 1990, a CIRGL congrega Angola, Burundi, as repúblicas Centro-Africana e Democrática do Congo, bem como o Congo, Quénia, Uganda, Rwanda, Sudão, Sudão do Sul, Tanzânia e Zâmbia. AFL/JFS/SC/ADR 





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