Luanda - O Presidente da República, João Lourenço, apelou, nesta sexta-feira, aos angolanos a encararem a propagação da recente variante do vírus SARS COV-2 com seriedade e incentivou para a vacinação em massa.
Ao falar à Nação, por ocasião das festividades do Natal, o Chefe de Estado angolano referiu que o "aumento vertiginoso" do número de casos de Covid-19, nos últimos dias, levou as autoridades a introduzir medidas preventivas.
De acordo com João Lourenço, são medidas que, se contarem com a colaboração dos cidadãos, podem garantir um início de ano sem grandes sobressaltos.
O Chefe de Estado reforçou que, além das medidas restritivas e de biossegurança, a vacinação em massa continua a ser a medida mais eficaz na luta contra a pandemia.
O Titular do Poder Executivo assegurou que o país dispõe de vacinas em quantidade suficiente, a serem administradas gratuitamente, para todos residentes em Angola.
Voltou a apelar os cidadãos a comparecerem aos postos de vacinação, para completar a dose dentro dos prazos que as autoridades sanitárias definiram.
"Vacine-se para se proteger, para proteger aqueles que amamos, proteger o próximo, proteger a humanidade", sublinhou.
O Chefe de Estado destacou, ainda, o facto de, em dois anos, a pandemia ter prejudicado a vida das pessoas, das famílias, das empresas e da economia mundial.
João Lourenço recordou que a pandemia, também, reduziu a produção, a oferta de bens e de serviços, encareceu o preço do frete marítimo e estrangulou a cadeia logística do comércio mundial.
A par disso, a pandemia da Covid-19 contribuiu negativamente para o aumento do desemprego, da pobreza e da fome.
À semelhança de outros países, enfatizou, Angola sente as consequências nefastas da pandemia, o que levou o Governo a tomar medidas de alívio fiscal, para a redução dos preços de alguns produtos essenciais e de grande consumo.
O foco dessas medidas centra-se no aumento do poder de compra dos cidadãos, principalmente os menos favorecidos.
Crescimento económico
Em termos de crescimento económico, disse que a perspectiva é conseguir bons resultados no ano de 2022, tendo alertado que o prognóstico só será realizável se se conseguir chegar o mais próximo possível do normal, com níveis baixos de incidência da Covid-19.
Considerou que, se esse cenário se concretizar, vai permitir que as empresas produzam os bens e serviços essenciais para consumo e para exportação, garantindo, assim, a manutenção e a criação de novos postos de trabalho.
Solidariedade com os acamados
No seu discurso, João Lourenço solidarizou-se com os doentes acamados, os internados em lares de acolhimento de crianças e da terceira idade, os sem abrigo, os cidadãos privados da sua liberdade, os aquartelados e todos os que se vêem privados do convívio familiar.
Deixou uma palavra de encorajamento e solidariedade às populações do sul de Angola (Cunene, Namibe e Huíla), vítimas da "seca severa" que ameaça a vida das pessoas e do gado.
“Para todas as famílias angolanas, uma palavra de fé e esperança por dias melhores. Feliz Natal e um Próspero Ano Novo", concluiu.