Luanda - O Presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou este domingo, em Elmau, Alemanha, a implantação de sistemas de produção de energia fotovoltaica em Angola, avaliados em dois mil milhões de dólares.
O líder dos EUA, que falava no quadro da Cimeira dos G7, referiu que o Governo americano acaba de facilitar uma parceria entre duas empresas deste país e as autoridades angolanas.
Trata-se da construção do megaprojeto fotovoltaico e de baterias em Angola, que produzirá 370 megawatts (MWp) em sete centrais, que está sob responsabilidade da empresa norte-americana Sun Africa, especializada em energia.
A central de produção de Biópio, o maior dos sete projectos, terá uma capacidade de produção prevista de 188 megawatts e será "o maior projeto solar individual da África Subsaariana".
O projeto usará equipamento das empresas Hitachi-ABB, Hanwha Q-Cells e NEXTracker.
Cinco dos projectos que integram este megaprojeto estarão ligados à rede energética principal, enquanto os restantes dois estarão ligados a áreas rurais.
A central de Biópio (Benguela) terá a maior produção (188,88 MWp), seguindo-se as da Baia Farta ( Benguela), com 96,7 MWp, Saurimo, na Lunda Sul (26,91 MWp), Luena, no Moxico (26,91 MWp), Cuito, no Bié (14,65 MWp), Bailundo, no Huambo (7,99 MWp) e Lucapa, na Lunda Norte (7,2 MWp).
Conforme o Chefe de Estado Norte-americano, a parceria vai ajudar a gerar novas oportunidades de negócios para a tecnologia e novos empregos em Angola e em toda África.
Estas ações, referiu, decorrem dos esforços dos EUA no sentido de apoiar os investimentos em energias renováveis e no seu comprometimento com o desenvolvimento sustentável.
Os EUA e Angola estabeleceram relações diplomáticas formais em 1993. O sector da energia está no centro das relações angolano-americanas.
Desde 2002, os objectivos da política externa dos Estados Unidos da América em Angola têm sido promover e fortalecer as instituições democráticas, promover a prosperidade económica, melhorar a saúde e consolidar a paz e a segurança.
Os EUA participaram, ainda, em parceria com Angola, na remoção de minas terrestres.
Angola e os Estados Unidos assinaram, em 2010, um acordo de parceria estratégica, e cooperam em vários domínios, com realce para o comércio, as finanças, a energia, indústria transformadora, segurança, saúde e justiça.
Recentemente, uma delegação angolana, encabeçada pelo ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Furtado, esteve em Washington DC, para assinalar o 5º aniversário da assinatura do Memorando de Entendimento, no sector da Defesa, entre a República de Angola e os Estados Unidos da América.
Angola é o terceiro maior parceiro comercial dos EUA na África Subsaariana devido, sobretudo, à exportação de petróleo.