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Mandato de Angola na UA deve reforçar estatuto de mediador de conflitos

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  • Huíla • Domingo, 16 Fevereiro de 2025 | 12h26
António Gildo Adriano, professor universitário
António Gildo Adriano, professor universitário
Morais Silva - ANGOP

Lubango – Com a assumpção da presidência da União Africana (UA), neste sábado, pelo presidente João Lourenço, Angola deve procurar reforçar o seu papel de mediador de conflitos em África, defendeu o especialista em geopolítica, António Gildo Adriano.

Em declarações à ANGOP, o mestre em história de África e doutorando em história pública, com linha de pesquisa em política, memória e mídia na PUCRS – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, no Brasil, afirmou que imensas questões constituem a agenda da União Africana, que Angola terá de empenhar-se.

Para além da mediação, segundo o estudioso, a presidência angolana deverá ajudar a evitar conflitos regionais e solucionar a questão do Sudão, da RDC e Ruanda, que actualmente são maiores desafios dessa agenda que, provavelmente, estará em linha de conta no plano do Executivo angolano.

António Gildo é de opinião que a UA, no mandato de Angola, promova a integração, a cooperação económica, o desenvolvimento social, político e económico entre os países africanos, para a partir disso elencar eixos que configurem a agenda dos Estado angolano, nomeadamente a educação, ciência e tecnologia, desenvolvimento agrário, industrial e comercial.

“Penso que a marca Angola, como uma placa giratória da África Austral, como um modelo mais consensual de democracia e, tendo em conta o seu papel exemplar de paz e segurança regional, esses indicadores servirão para que seja um plano modelar e exequível a nível da África e no contexto da União Africana”, assinalou o académico.

Questionado sobre que proveito Angola deve tirar deste mandato, o professor do ISCED-Huíla respondeu que tem engendrar planos “desafiadores” que venham catapultar, guindar a África para outros passos, tendo com princípio a União Africana, que como parte do G20, ajudar a trazer o equilíbrio de paz e segurança, tanto alimentar, quanto de dirimir os conflitos em África.

“Penso que essa presidência vai focar-se fundamentalmente sobre esses eixos e outro plano interessante é fazer com que cada vez mais a África catapulte para a sua auto-sustentabilidade económica no quesito de que cada vez mais a África procurar sair do subdesenvolvimento para a via do desenvolvimento, com eixos fortíssimos no desenvolvimento industrial e agrário”, pressagiou.

Pela sua população e extensão territorial, disse o entrevistado, a África conta “muito” com Angola na execução do seu plano de paz, de segurança e sobretudo no combate a fome e no âmbito da sua diplomacia externa consegue e está fazendo o seu melhor, na busca de proximidade de parceiros, tanto da União Europeia, quanto dos Estados Unidos, Rússia e a China.

“Essa sua diplomacia valer-lhe-á, para que dentro daquilo são as perspectivas do PIB africano, encontrar melhores parceiros, se assim quisermos entender, para que a África busque cada vez mais lugares cimeiros internacionais”, defendeu.

Angola assumiu, este sábado, pela primeira vez em quase 50 anos de Independência, a presidência da União Africana, por um ano, num momento conturbado do continente, caracterizado por graves conflitos no Sudão e na RDC. MS





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