Washington (Dos enviados especiais) - O Presidente da República, João Lourenço, convidou essa segunda-feira, em Washington, os empresários norte-americanos a continuarem a investir em Angola, fora dos sectores do petróleo e da energia.
Ao intervir numa mesa redonda com homens de negócio desse país, na Câmara de Comércio EUA/Angola, o Chefe de Estado disse estar interessado em captar investimento em outros potenciais domínios.
Conforme João Lourenço, Angola está de portas abertas para o investimento americano nos domínios da agricultura e do turismo, onde diz haver grande potencial para explorar.
De igual modo, disse haver interesse em novos investimentos na área dos minerais, sem ser, necessariamente, nos tradicionais diamantes.
Para o estadista angolano, é importante que os empresários dos EUA procurem explorar em Angola minerais raros, como o níquel e outros necessários para produzir acumuladores de viaturas e outros.
João Lourenço mostrou-se interessado, também, no investimento privado americano na área de conservação.
A esse respeito, lembrou que Angola assinou há um ano, nos EUA, um contrato com a African Parks, para a gestão do Parque Nacional do Iona.
Segundo o Presidente, o acordo ficou parado por causa do surgimento da Covid-19, mas já há condições para retomar.
No entender do Chefe de Estado, esse projecto vai permitir que o parque tenha boa gestão e atrair o turismo para aquela região do país.
Disse tratar-se de um assunto que abordou, ainda hoje, com a administradora da USAID, Samanta Power.
João Lourenço explicou que abordou com aquela responsável a possibilidade de replicar o projecto no Parque do Lundo Luiana, na região de Mavinga, no sudoeste de Angola, província do Cuando Cubango.
Assegurou que quem investir nesse parque estará a investir e a atrair investimento para Angola e cerca de outros quatro países à volta do país.
Trata-se da Namíbia, do Botswana, Zimbabwe e da Zâmbia, que integram o território do projecto regional Okavango Zambenze (KAZA).