Luanda - O Presidente da República, João Lourenço, recebeu hoje, em audiência, em Luanda, o chefe da delegação parlamentar do Japão à 147ª da Assembleia da UIP, Kameora Yoshitami, com quem abordou assuntos relacionados com a cooperação bilateral.
À saída do encontro, acompanhado de elementos da delegação por si chefiada, o deputado nipónico informou à imprensa que o Estadista angolano enfatizou, o nível de cooperação bilateral, augurando o seu crescimento, sobretudo em colaboração com o sector privado, desejo que fará chegar ao Governo japonês.
Afirmou ter recebido do Presidente da República informações sobre o projecto de reforma do Porto do Namibe, o ponto de situação da construção de novas cidades, assim como o estado da economia angolana, tendo ficado impressionado e convicto de que as relações bilaterais vão continuar a crescer.
Por outro lado felicitou Angola por realizar, com sucesso, a Assembleia da UIP, que junta em Luanda 179 Estados-Membros, sendo uma prova do poder e competência do país.
Fim de missão
Ainda hoje, o Chefe de Estado angolano recebeu o embaixador do Egipto, Mohamed Safuat, que foi ao Palácio Presidencial apresentar cumprimentos de despedida, ao fim de quatro anos de missão.
Sobre a audiência, o representante egípcio disse ter-se falado das relações entre os dois países e do seu desenvolvimento ao longo dos últimos quatro anos, cujo ponto alto foi a visita a Angola do Presidente do Egipto, Abdel Fattah El-Sisi, em Junho deste ano.
Declarou que as relações entre os dois países são muito boas e que durante os últimos quatro anos “tiveram um desenvolvimento muito grande”, com novas empresas egípcias no mercado angolano, especificamente, no domínio de infra-estruturas e construção.
Noutro momento, João Lourenço recebeu igualmente cumprimentos de despedida do embaixador da Polónia, Piorr Mysliwiec, cuja missão em Angola durou oito anos.
Este fez saber que as relações entre os dois países são boas, mas lamentou não estar muito satisfeito com as económicas que, em seu entender, poderiam ser muito mais dinâmicas e intensas. Apontou diversas razões, com destaque para a pandemia da Covid-19 e a guerra na Ucrânia país vizinho da Polónia.
O diplomata vê grande potencial nas relações, mostrando-se convencido de que, em breve, mais missões económicas da Polónia virão a Angola, no âmbito da diplomacia económica.
Sobre a balança comercial disse estar muito baixa, com um intercâmbio na ordem de 30 a 40 milhões de dólares, que considera quase insignificante, com empresas envolvidas na construção civil, transformação de madeira, na informática.
Apontou como campo de interesse de cooperação, com potencial de se tornar frutífera, a parceria entre instituições do ensino superior, referindo haver já um bom começo com a Universidade Mandume ya Ndemufayo, na província da Huíla, e outras no Uíge, Benguela e Namibe.
Outro embaixador que também foi apresentar cumprimentos de despedida ao Presidente angolano foi o da República Popular Democrática da Coreia, Jo Pyong Chol, que esteve no país durante cinco anos. PA/ADR