Luanda - O Presidente da República, João Lourenço, pediu, esta segunda-feira, em Luanda, particular atenção à companhia aérea TAAG para torná-la mais competitiva, voando para as principais capitais mundiais e servir melhor o continente africano.
“Temos de ser mais ambiciosos”, disse o Estadista, adiantando que a companhia não se pode contentar por viajar para um único país asiático, a China, americano, o Brasil, e para três cidades europeias, do Mediterrâneo.
João Lourenço, que intervinha na cerimónia de posse do novo secretário de Estado para os sectores da Aviação Civil, Marítimo e Portuário, Rui Paulo de Andrade Teles Carreira, referiu-se também à necessidade de abertura de novas rotas para servir melhor África.
Para o Titular do Poder Executivo, “temos de ter a ambição de voar para algumas cidades dos Estados Unidos da América”, aproveitando a melhoria dos laços de amizade e cooperação e as portas que se vão abrindo.
Informou que o país está a encomendar novas aeronaves à Boeing, sem descurar a necessidade de recuperar a actual frota, que é grande, mas com alguns meios de baixa.
Referiu que juntamente com o ministro, o secretário de Estado, acabado de empossar, tem a responsabilidade de fazer da TAAG melhor, enaltecendo o investimento feito nos últimos 48 anos nos domínios dos recursos humanos e equipamentos.
O empossado Rui Carreira manifestou, em declarações à imprensa, disse estar com motivação alta, que procurará ser o fiel executante das orientações recebidas e principal coadjutor do ministro do sector.
O antigo administrador Executivo da TAAG prometeu promover o diálogo com os sectores da sua tutela para melhor servir a Nação.
Rui Paulo de Andrade Teles foi nomeado no cargo de secretário de Estado para os sectores da Aviação Civil, Marítimo e Portuário em substituição de Vumpa de André Londa um dia depois da inauguração do novo Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto.
Erguido na comuna de Icolo e Bengo, província de Luanda, a nova infra-estrutura aeroportuária, avaliada em USD 2.8 mil milhões, ocupa uma área de 1324 hectares e pode acolher um volume de carga de 130 mil toneladas/ano.
De acordo com estudos técnicos, trata-se do terceiro maior aeroporto de África em volume de passageiros por ano. O número esperado é de 15 milhões de passageiros por ano, sendo 10 milhões em voos internacionais e cinco milhões nos domésticos.
Com duas pistas paralelas, a maior delas com quatro mil metros por 60 de largura, o aeroporto está preparado para receber aviões do tipo B747 e A380, este último considerado a maior aeronave comercial da actualidade.
A primeira fase de funcionamento está reservada aos serviços de carga, até Fevereiro de 2024, depois a das operações de voos domésticos e só a partir de Junho de 2024, será marcada pelo início das operações de voos internacionais.
A abertura gradual ocorre por razões de segurança, testes, certificação e treinamento de pessoal, para avaliar a demanda real, procedimentos que ajudam a minimizar riscos e garantir uma transição suave para a operação completa.
O Aeroporto conta igualmente com 31 mangas para embarque, das quais 19 para os serviços internacionais e 11 para os domésticos, assim como 9 tapetes rolantes para o depósito de bagagem, seis dos quais dedicados aos voos internacionais.
A infra-estrutura contempla 26 balcões do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME), um parque de estacionamento para mil e 710 viaturas, assim como espaço reservado para lojas, numa área de mil 825 metros quadrados.
Dispõe, também, de 22 salas VIP, uma clínica e um centro de primeiros socorros anexado ao terminal de passageiros, além de contemplar a construção de raiz de uma cidade aeroportuária, que cobrirá uma área total de 75 km2. JFS/VIC