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PR presencia corte da cana-de-açúcar na Biocom

     Política              
  • Luanda • Quarta, 06 Setembro de 2023 | 17h14
Processo de colheita de cana-de-açucar na fazenda Biocom em Malanje
Processo de colheita de cana-de-açucar na fazenda Biocom em Malanje
Joaquina Bento-ANGOP

Malanje - O Presidente da República, João Lourenço, testemunhou, esta quarta-feira, o corte, conservação e recolha da cana-de-açúcar na Biocom, no quadro da visita que efectua à província de Malanje.

A Biocom é a 1ª empresa angolana a produzir e a comercializar açúcar, etanol e energia eléctrica a partir da biomassa. Contribui para a criação e manutenção de mais de três mil postos de trabalho directos. Noventa e oito por cento dos seus quadros são nacionais. 

O Chefe de Estado, que se fez acompanhar pelos ministros de Estado, ministros e pelo governador provincial, observou a recolha da cana-de-açucar, o empacotamento do açúcar e aferiu as funcionalidades do laboratório da fábrica. 

O Titular do Poder Executivo assistiu, antes, a um vídeo que retrata as diversas fases de produção na Biocom. 

Uirá Ribeiro, director-geral, agradeceu ao Chefe de Estado "pelo apoio e empenho que tem colocado na elevação da importância da empresa e no reforço da contribuição para o aumento da produção nacional e na diversificação económica do país". 

O responsável disse ser visível o esforço da Biocom em contribuir para o aumento da produção nacional e para a diversificação da economia. 

Informou que, no âmbito do aumento da produção e da segurança alimentar, a empresa está a desenvolver estudos para iniciar a produção de grãos (milho, feijão ou soja), por via do sistema de rotação da cultura com a cana-de-açúcar nas áreas de renovação do canavial. 

Adiantou que com este novo procedimento estimam atingir, na maturidade do projecto, até seis mil hectares por ano de área para a plantacão de grãos. 

Em relação à transição energética, além da disponibilidade para produzir etanol combustível, indicou que estão a trabalhar na viabilidade técnico-comercial para a produção de hidrogénio verde, com a utilização do excedente da energia eléctrica limpa e renovável produzida pela Biocom. 

Reafirmou o total compromisso com o aumento da produção nacional para o desenvolvimento social e económico do país, de forma sustentável. 

"Queremos continuar a fazê-lo gerando empregos e rendimentos para a população, potenciando os pequenos agricultores de cana-de-açúcar e trilhando o caminho possível e necessário para a auto-suficiência alimentar", vincou. 

Enfatizou que a Biocom é uma empresa de capital intensivo e o seu crescimento exige investimento considerável em equipamentos e em matéria-prima. 

Este ano de 2023 a empresa comemora a sua 10ª colheita. O director-geral da Biocom considera o facto um marco importante para o país. 

O ministro da Indústria e Comércio, Rui Mingueis, augura que o nível de produção na Biocom aumente cada vez mais, com o compromisso de incorporar mais agentes no sistema de produção, em especial às comunidades que vivem nos arredores do projecto. 

Memorando com Fundo de Garantia de Crédito 

A Biocom assinou um Memorando de Entendimento com o Fundo de Garantia de Crédito, para permitir o fomento da produção da cana-de-açúcar junto das cooperativas de camponeses. 

A emissão de garantia de crédito prevê o financiamento de até 50 por cento da capitalização do Fundo de Garantia de crédito, avaliado em 50 mil milhões de kwanzas. 

As partes acreditam que, com esse acordo, estão criadas as condições para o fomento da produção nacional. 

A Biocom tem uma capacidade instalada para produzir 2,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar numa área de 40 mil hectares, 250 mil toneladas de açúcar cristal branco, 37 mil metros cúbicos de álcool neutro e para fornecer ao país um adicional de 136 megawatts de energia eléctrica limpa renovável. 

Implantada no Pólo Agro-industrial de Capanda, a Biocom  iniciou a sua produção em Junho de 2014. 

A produção de açúcar da Biocom destina-se ao mercado interno. A produção de energia eléctrica tem como cliente a Rede Nacional de Transporte de Electricidade (RNT) e o etanol é fornecido às indústrias de bebida e produtos de limpeza. 

Actualmente, a empresa emprega mais de três mil e 400 trabalhadores, maioritariamente oriundos da província de Malanje. DC/AL/ADR 





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