Luanda - O Chefe de Estado angolano, João Lourenço, abordou nesta terça-feira, com a presidente do Conselho da Administração da National Geographic, Jill Tiefenthaler, questões relacionadas a estudos sobre o potencial da Bacia do Rio Okavango.
Em declarações à imprensa, à saída da audiência, Jill Tiefenthaler disse que o objectivo dos estudos é preservar e proteger a bacia dos rios situados em Angola, Namíbia, Botswana e Zâmbia.
O encontro, afirmou, serviu para abordagem sobre o alinhamento, protecção, preservação e conservação do rio angolano, que fornece água a milhões de habitantes a nível da região, projecto que vem sendo implementado pela National Geographic, desde em 2018.
“Pretendemos, com isso, reforçar a nossa cooperação para desenvolver a actividade que tem a ver com a área científica e expedição dos estados sobre as linhas de base das águas para o desenvolvimento humano nessa região”, explicou.
A Bacia Hidrográfica do Rio Okavango cobre uma superfície hidrologicamente activa com cerca de 323 mil 192 quilómetros quadrados, compartilhada por quatro países da África Austral, designadamente, Angola, Namíbia, Botswana e Zâmbia.
O seu caudal principal resulta do escoamento de planícies sub-húmidas e semi-áridas da província de Cuando Cubango, antes de se concentrar ao longo das margens entre a Namíbia e Angola, desaguando num leque ou delta a uma altura de 980 metros.
Vários rios confluem num único, cujas águas correm para o sul e oriente, ramificando-se novamente quando desagua no Delta do Okavango, onde termina, numa das maiores concentrações de água doce no interior do planeta.
O rio nasce a norte da província do Cuando Cubango, percorre cerca de 250 quilómetros, passa pelo interior da cidade de Menongue e cruza-a de norte a sul.
É um rio com características, de caudal permanente, com diferentes espécies de peixe, lontras e jacarés em abundância. AFL/ADR