Luanda - O Presidente da República, João Lourenço, felicitou, neste sábado, as Forças Armadas Angolanas (FAA) pelo seu 30.º aniversário, que hoje se assinala.
Em mensagem, o Comandante-em-Chefe das FAA, felicita os oficiais generais, almirantes, superiores, capitães e subalternos, sargentos e praças, considerando-os militares que, "com elevada dedicação, coragem e determinação, garantem a defesa da independência e da soberania nacional, da integridade do solo pátrio e dos superiores interesses da Nação".
As felicitações são extensivas aos trabalhadores civis "que com os militares muito têm contribuído para a paz e estabilidade do país", bem como às famílias dos "bravos combatentes".
Na missiva a que a ANGOP teve acesso, João Lourenço refere que a história que marcou a criação e a evolução das Forças Armadas Angolanas se une, em toda a sua dimensão, à mais recente história de Angola, desde que se tornou independente a 11 de Novembro de 1975.
Acrescenta que nesse "percurso memorável, os bravos combatentes" tiveram o mérito de preservar as conquistas inalienáveis do povo angolano, contribuindo para a projecção do nome de Angola em África e no Mundo.
Encorajamento às FAA
O Chefe de Estado enaltece e encoraja os militares das FAA pelos "feitos inolvidáveis" e rende "singela homenagem" aos que derramaram o seu sangue no teatro das operações militares, entregando as suas próprias vidas pela defesa do solo pátrio, do seu povo e da democracia.
Disse que conta com o empenho das FAA no resgate dos valores morais e cívicos para a moralização da sociedade, considerando uma batalha que, apesar da sua complexidade, todos têm de abraçar, por ser o caminho certo na promoção e implementação de políticas públicas capazes de acelerar o bem-estar dos cidadãos e o reforço da estabilidade nacional.
Segurança e Missões de Paz
Nos 30 anos de existência, segundo o Estadista angolano, as FAA têm transmitido à sociedade segurança e confiança em dias melhores, pela sua capacidade de resiliência e dedicação diante das adversidades.
"Orgulhamo-nos, também, do empenho dos militares angolanos em tarefas de interesse público, nomeadamente na preservação do ambiente, na prevenção e combate à Covid-19 e em missões de apoio à paz, no âmbito dos compromissos internacionais assumidos por Angola", realçou.
Neste domínio, enalteceu o papel das FAA no apoio ao povo de Moçambique, aquando do "Ciclone Idai" e em acções de estabilização militar em Cabo Delgado.
Elogiou, igualmente, o desempenho das FAA no Lesotho, na República Centro Africana e noutros países da sub-região, no âmbito da União Africana, da SADC, da Comunidade Económica dos Estados da África Central, da CPLP e da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos.
O Comandante-em-Chefe sublinha que a participação das FAA nessas missões tem contribuído para os esforços comuns a favor da paz e da segurança na região Austral e Central do continente africano.
Espera que, como foi no passado e no presente, no futuro, os militares saibam corresponder com a confiança depositada no cumprimento da nobre missão, fiéis ao slogan "A Pátria aos seus filhos não implora; Ordena!".
A fundação das FAA tem como base os Acordos de Bicesse (Portugal), rubricados em 1991, entre o Governo angolano e a UNITA, ao abrigo do qual foram fundidas as ex-Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA) – exército governamental - e as extintas Forças Armadas de Libertação de Angola (FALA), dessa organização.