Luanda - O Presidente da República, João Lourenço, assegurou, neste sábado, que o Novo Aeroporto Internacional de Luanda "Dr. António Agostinho Neto" vai trazer mais receitas para os cofres do Estado e dar maior visibilidade ao país.
"O país vai ganhar mais receitas mas também visibilidade internacional", afirmou o Presidente João Lourenço, sublinhando que "Angola passará a ser mais conhecida por via desse aeroporto que será a principal porta de entrada e de saída do nosso país".
Em declarações à imprensa, no final de uma visita às obras do Aeroporto Dr. António Agostinho Neto, o Chefe de Estado angolano disse que o país terá ganhos em todos os domínios da economia, particularmente no sector do turismo.
"Portanto, a economia ganha, o turismo em particular ganha, mas não só, os produtores de produtos exportáveis que serão exportados por essa via também vão ganhar", assinalou.
A infra-estrutura, disse o Presidente da República, vai garantir negócios a muitas pessoas, quer os produtores de flores, quer os de hortícolas e desse tipo de bens a exportar por essa via.
No final da visita guiada ao novo Aeroporto Internacional "Dr.António Agostinho Neto", o Presidente da República disse ter recebido garantias da conclusão da infra-estrutura em 2023.
"Acabamos de realizar mais uma visita a esta importante infra-estrutura e, no final desta visita, ficamos com maior garantia de que, efectivamente, teremos o novo Aeroporto Internacional de Luanda (...) pronto no próximo ano, em 2023", afirmou.
Explicou que o Executivo está a trabalhar não só para a conclusão das obras físicas como também para fazer coincidir com a conclusão dos certificados das instituições internacionais competentes para o efeito, para que o aeroporto possa operar.
O Chefe de Estado, que esteve acompanhado dos seus principais colaboradores, entre ministros de Estado, ministros e altos funcionários do seu Gabinete, acredita que, na altura da inauguração, o país estará habilitado a operar este importante aeroporto.
Acessos para facilitar a vida dos passageiros
O Presidente João Lourenço disse ter deixado recomendações muito precisas aos sectores da construção e dos transportes que têm a ver com a garantia dos acessos no geral, quer pela via ferroviária, quer rodoviária ao novo Aerporto Internacional de Luanda.
"Estamos a tratar dos acessos para facilitar a vidas dos passageiros. O volume de passageiros será muito grande e, com os actuais acessos, com certeza que vamos criar grandes constrangimentos e não é isso que pretendemos", vincou.
Novo Aeroporto por dentro
Localizado no distrito de Bom Jesus, município de Icolo e Bengo, o novo Aeroporto Internacional de Luanda tem quatro pistas, estando duas delas prontas para aterragens de aviões de grande e pequeno porte.
A pista sul, a maior do Aeroporto, tem quatro mil metros por 60 de largura, onde foi realizado o primeiro voo experimental, em Junho de 2022, através de uma aeronave do tipo Boeing 777 da companhia de bandeira nacional TAAG.
O voo experimental, que partiu do Aeroporto 4 de Fevereiro, em Luanda, marcou o início de um período de certificação que vai durar cerca de 18 meses, a fim de apurar se o projecto cumpriu com as regras internacionais para a construção de aeroportos do género e se existe pessoal técnico para operar num aeródromo daquela dimensão.
O Novo Aeroporto Internacional de Luanda "Dr. António Agostinho Neto", que ocupa uma área de 1.324 hectares, tem capacidade para 15 milhões de passageiros e um volume de mercadorias de 50 mil toneladas por ano.
A infra-estrutura possui, também, duas pistas duplas e está dimensionado para receber aeronaves do tipo B747 e A380 - actualmente o maior avião comercial, além de contemplar a construção, de raiz, de uma cidade aeroportuária que cobrirá uma área de construção de 75 quilómetros quadrados.
O novo Aeroporto Internacional de Luanda "Dr. António Agostinho Neto", construído para se adequar aos novos tempos do sector da Aviação Civil, entrará em pleno funcionamento em Dezembro de 2023.
Para que a obra arrancasse com êxito, segundo fonte do Ministério dos Transportes, foi preciso ultrapassar algumas etapas sociais e a tomada de decisões inovadoras e arrojadas.