Gaborone (Do enviado especial) – O chefe de Estado angolano, João Lourenço, declarou sexta-feira a sua satisfação pelo nível de organização encontrado no Secretariado Executivo da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
João Lourenço falava no termo de um encontro que manteve, no Palácio Presidencial, em Gaborone, com o seu homólogo do Botswana, no encerramento da sua visita de algumas horas à sede do Secretariado Executivo da SADC.
Apesar de lamentar o facto de esta sua segunda visita ao Botswana, no espaço de um ano, ter sido “curta, de poucas horas”, considerou ter tido uma jornada de trabalho “bastante intensa mas produtiva”, enquanto presidente em exercício da SADC.
“Gostamos do alto nível de organização do Secretariado Executivo. De uma forma geral, temos a garantia de que, com esta equipa, o objectivo da integração regional está assegurado”, asseverou.
Ressalvou as questões de ordem orçamental que, segundo o chefe de Estado, estão ainda muito longe de ser consideradas satisfatórias e em relação às quais a organização tem de dedicar um pouco mais do seu tempo “para ver se ultrapassamos o momento que estamos a passar”.
Quanto à situação de paz e segurança, reiterou que a região continua a ter dois países que inspiram cuidados, designadamente Moçambique e RDC, embora se possa considerar que, em relação a Moçambique, “a tendência é positiva”.
“Vamos continuar a trabalhar para que a paz e a segurança reine em todo o território da nossa região SADC. Sem paz não há desenvolvimento, precisamos de ter disponibilidade, quer de tempo, quer de recursos para pensarmos exclusivamente no desenvolvimento da nossa região”, disse.
Deplorou que, hoje, a região tem estado a despender recursos, quando devia é ganhar dinheiro, mas que está a perder dinheiro para garantir a paz, em Moçambique e na RDC.
Relações bilaterais
Sobre o relacionamento entre Angola e Botswana, João Lourenço disse haver um interesse recíproco e que os dois países têm muito a ganhar no aprofundamento das relações de amizade e sobretudo de cooperação económica.
Disse estar plenamente de acordo com a posição do seu homólogo do Botswana que advogou a necessidade de se implementar, quanto antes, tudo o que foi acordado durante a sua visita de Estado ao Botswana, em Junho de 2023.
Indicou que Angola está preparada para que, a qualquer momento, os dois países realizem uma reunião da comissão bilateral, mas compreende, ao mesmo tempo, que, neste momento, o Botswana está a braços com a tarefa de preparação das eleições que se aproximam.
O estadista revelou que os dois lados acordaram em realizar a reunião, em Luanda, imediatamente após as eleições. IZ/ART