Luanda - O Presidente da República, João Lourenço, afirmou, esta quarta-feira, em Luanda, que promover uma cultura de paz implica a valorização do colectivo, estimular o respeito pelas diferenças, bem como consagrar a diversidade como fonte de riqueza.
No discurso de abertura da III edição Bienal de Luanda, o Chefe de Estado explicou que só assim se pode agir como um factor impulsionador de reforço da justiça social, da equidade e da inclusão.
Sobre a inclusão defendeu que é essencial colocar o foco nela, pois cada cidadão deve se sentir valorizado pelos seus conhecimentos, anseios e capacidades para construirmos sociedades em que todas as vozes serão escutadas, todas sensibilidades respeitadas e todos os segmentos sociais levados em consideração.
Por outro lado, lembrou que Angola assumiu a responsabilidade de acolher o fórum, a cada dois anos, porque conhece a importância para os países africanos e não só a questão da paz e da convivência pacífica no seio das sociedades.
Considerou que nenhum esforço tendente a consagrar a ideia de que a paz é um bem inegociável da Humanidade produzirá os resultados almejados se não for feita uma aposta séria, firme e coerente na educação das pessoas e, principalmente, dos jovens.
Apelou aos jovens a intervirem, neste processo, com o sentido de um dever perante a sociedade, as famílias, as escolas, as igrejas, as agremiações desportivas, os grupos culturais, as associações e outras entidades de natureza similar.
Propôs que há necessidade de se ver implementado pelas instituições acima referidas e tanto quanto possível, amplamente divulgado pelos órgãos de comunicação social, assim como através das plataformas digitais, que podem desempenhar um papel construtivo neste esforço de promoção da cultura de paz.
"Devemos fazer uma reflexão sobre a pertinência de se elaborarem políticas públicas voltadas para a cultura de paz que, mais do que um conceito, deve ser encarada como um princípio a ser inscrito nas estratégias nacionais de desenvolvimento dos nossos países", reiterou.
A Bienal de Luanda conta com as presenças dos Presidentes de Cabo Verde, José Maria Neves, São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova, e da Etiópia, Sahle-WorkZewed, bem como o Vice-Presidente da Namíbia, Nangolo Mbumba, e da Primeira-Ministra da Guiné Equatorial, Manuela RokaBotey.
A Bienal de Luanda serve como plataforma de implementação do "Plano de Acção para uma Cultura de Paz em África - Actuemos pela paz", adoptado em Março de 2013, na capital angolana, no Fórum Pan-Africano "Fontes e Recursos para uma Cultura de Paz". VIC