Luanda – O Presidente da República, João Lourenço, destacou esta segunda-feira, na cidade do Sumbe, província do Cuanza-Sul, a justa homenagem ao comandante cubano Raúl Díaz Arguelles, com a atribuição do seu nome ao novo Hospital Geral da região.
Em declarações à imprensa, após a inauguração e visita às instalações, o Presidente João Lourenço referiu que, desta forma, faz-se igualmente uma homenagem a todos os cidadãos cubanos que ajudaram o país nos primeiros tempos logo após a independência.
“Queriamos não apenas homenagear a ele próprio como pessoa, mas a todos os combatentes cubanos que verteram o seu sangue, perderam a sua vida aqui em Angola ao longo de muitos anos”, destacou.
Acrescentou ainda que Angola “conheceu, ao longo dos anos, várias batalhas, mas há uma que antecedeu a independência nacional, em Kifangondo (Luanda), na qual a bravura dos nossos combatentes permitiu evitar o pior, porque caso contrário a independência não teria sido proclamada, pelo menos naquela data, 11 de Novembro de 1975”.
De igual modo, fez menção a uma segunda batalha, que aconteceu pouco depois da independência, na vila do Ebo (Cuanza Sul), na qual o comandante Raúl Diaz Arguelles esteve à frente das forças angolano-cubanas que enfrentaram o exército do regime do Apartheid da África do Sul.
O Presidente João Lourenço argumentou, que caso as forças sul-africanas conseguissem vencer, poderiam progredir para capital e “matar” a independência que ainda era muito frágil, uma vez que os inimigos da altura pensavam ser possível reverter a situação.
Portanto, “Angola tornou-se independente a 11 de Novembro de 1975 e um mês depois eles tentaram reverter esta situação, retirar dos angolanos a grande vitória sobre os 500 anos de colonização”, acrescentou.
Daí, de acordo com o Presidente, a importância do comandante Raúl Diaz Arguelles que junto dos angolanos e de um pequeno contingente de cubanos conseguiram enfrentar a unidade blindada dos sul-africanos.
Novo hospital Oncológico
No quadro das acções do Executivo, o Chefe de Estado deu a conhecer ainda que será construído um novo hospital Oncológico em Luanda.
“Entendemos que a cidade que possui cerca de um terço da população do país é onde devemos criar as condições para o combate às doenças do fórum Oncológico”, disse.
Ressaltou ainda o facto de terem sido já dados passos importantes, em termos de combate à insuficiência renal, com os vários centros de hemodiálises espalhados pelo país, em termos de combate às doenças cardio-pulmonares, porém, em termos de oncologia, ainda existe um grande atraso.
No entanto, disse, o primeiro grande investimento neste domínio, cuja infra-estrutura começou a ser construída, estará também na cidade de Luanda.
Promoção da Saúde Pública
Para promovermos a Saúde Pública em Angola, de acordo com o Presidente da República, “precisa-se não apenas de construir infra-estruturas dos três níveis (primário, secundário e terciário), coisa que se tem vindo a fazer, como também dar mais atenção à formação dos nossos profissionais de saúde".
Por este motivo, referiu que esta é uma acção a ser desenvolvida paralelamente aos projectos de construção de infra-estruturas, “ao mesmo tempo que estamos a construir e a apostar seriamente na especialização dos nossos profissionais de saúde, não apenas para termos o número correspondente ao investimento, visando a qualidade de profissionais que possam estar à altura de dar o melhor rendimento possível aos equipamentos de ponta que estamos a instalar nas unidades”.
Em relação à promoção da Saúde Pública, disse que além das infra-estruturas bem equipadas e capital humano, formado e enquadrado, ser igualmente importante a questão do saneamento básico das cidades.
“Se as nossas cidades, em termos de saneamento básico estiverem bem, não houver acumulação de lixo, de água e outros aspectos que são prejudiciais à saúde humana, com certeza estaremos a concorrer para o bem-estar dos angolanos. Evitar que as doenças surjam e reduzir a pressão sobre os hospitais”, concluiu. SC