Nova Iorque (Dos enviados especiais) - O Presidente da República, João Lourenço, defendeu, esta quarta-feira, em Nova Iorque, Estados Unidos da América (EUA), a preservação do Meio Ambiente por via da implementação do Acordo de Paris sobre Alterações Climáticas e a questão da biodiversidade.
O Chefe de Estado angolano que discursava na sede das Nações Unidas, durante o segundo dia do Debate Geral da 78ª Sessão da Assembleia Geral da organização global, apelou à comunidade Internacional a cumprir, dentro do possível, as promessas feitas nas últimas duas edições da COP sobre o financiamento para o clima.
Explicou que há necessidade da Cimeira da COP 28, a ter lugar nos Emirados Árabes Unidos, este tema deixe de absorver uma parte significativa da agenda.
Disse ser necessário se debruçar, de forma concreta, a implementação urgente das medidas a tomar com vista a redução dos gases poluentes, a desflorestação, o aquecimento global "e assim salvarmos o nosso planeta Terra enquanto ainda é tempo".
Ao longo do seu discurso, o Chefe de Estado angolano referiu-se, também, à presidência de Angola na Organização dos Estados de África, Caraíbas e Pacífico (OEACP) e aos últimos desenvolvimentos na sua cooperação com a União Europeia.
Assinalou, a esse propósito, a conclusão da negociação do acordo de parceria entre a Organização dos Estados de África, das Caraíbas e Pacífico com a União Europeia, cuja cerimónia de assinatura deverá acontecer brevemente, marcando assim uma nova fase desta cooperação adaptada à realidade actual e às aspirações dos Estados-Membros de ambas organizações.
Segundo o Presidente angolano, esse importante instrumento sobre o qual assentará a cooperação entre a OEACP e a União Europeia, define as bases sobre as quais se vão projectar as acções nos mais variados domínios, com especial destaque para a sustentabilidade ambiental e as alterações climáticas, o desenvolvimento humano e social, migração e mobilidade.
Solidariedade com Marrocos e Líbia
O Presidente da República de Angola aproveitou a ocasião para expressar solidariedade com os povos e governos de Marrocos e da Líbia pelas vítimas humanas e destruição causada pelos recentes desastres naturais, nomeadamente um abalo sísmico e inundação de parte do território.
"Permitam-me aproveitar esta ocasião para em nome do Governo e do povo angolano, exprimir os nossos profundos sentimentos de pesar às autoridades e aos povos de Marrocos e da Líbia, pela perda repentina de milhares de vidas humanas e de valioso património nacional, como consequência de catástrofes naturais", expressou. DC/VIC